Tumgik
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 22
Dongmin
Quando saímos do restaurante noto que ela está se divertindo com Moonbin e Seungyoun. Me sinto mal, a verdade é que queria estar com eles, mas sei que se caso eu largasse a minha line, bom, os holofotes estavam todos em cima de nós, uma cortesia desagradável trazida por Jungkook.
Por isso quando eles dizem que querem ir a uma boate eu não discuto, simplesmente os sigo.
Enquanto estamos lá eu não tenho vontade de fazer nada além de beber. Por isso, me encosto no balcão e começo. Uma dose, duas, três, quatro e depois da quinta perco as contas.
Estou chateado. Não com ela, mas com a situação. Na verdade não apenas com o fato de não poder estar lá, mas com várias outras coisas que eu queria ter discutido no jantar, mas que de certa forma perdera a coragem.
Olho para os meus amigos e me sinto mal. A razão de Moonbin não ter sentado conosco é que eles são um bando de imbecis, não todos, mas a grande maioria.
Estou irritado com aquilo, mas não é apenas aquilo, tem uma situação em particular que me incomoda, uma situação a qual eu queria MESMO ter discutido, mas perdi o fio da meada. Bem é melhor não pensar a respeito ou vou acabar falado o que não devo e no lugar em que não devo.
Continuo bebendo e quando dou por mim tudo ao meu redor me irrita. O cúmulo é quando no som da boate ecoa a voz: “para celebrar nossa visita VIP de hoje a noite, uma música em especial” e então, começa a tocar BTS.
Eu começo a rir. É claro que apenas Jungkook é a visita vip, certo? O resto de nós não é nada perto dele.
Por isso me afasto, não me levem a mal, não tenho ciúmes da fama que ele construiu, ele trabalhou MUITO por isso e merece todo o reconhecimento do mundo, mas naquela noite, ele me incomoda, naquela noite tudo a respeito dele me incomoda.
Por isso sigo boate afora, preciso tomar um ar.
Fico no terraço. Algumas garotas se aproximam, mas não estou em condições nem de dar boa noite, por isso apenas sorrio e continuo a encarar as ruas movimentadas de Itaewon.
-Eunwoo? – a voz dele faz com que eu respire fundo, última pessoa que eu queria que fosse até lá.
-O que é?
-Você está bem?
-Sim.
-De verdade? Não quer ir para casa?
Me viro para encará-lo e um acorde conhecido toma meus ouvidos. Aquela é a nossa música, certo? A música do comeback, a música com a qual ganhamos o nosso PRIMEIRO prêmio no music Bank.
-Está tocando All Night. – ele dispara com um sorriso. – vim te chamar para nos ensinar a coreografia.
-Sou o pior dançarino da minha banda.
-Não começa.
-E por que diabos você quer aprender a coreografia de uma música que só ganhou um prêmio porque você não estava concorrendo?
Ok, já chega de segurar. Aquilo tinha me magoado MUITO. Não apenas o fato de as fãs dele terem ido até o music bank no dia do comeback e terem levado uma faixa dizendo que nós só havíamos ganho porque a banda dele não estava concorrendo, mas o fato de ele não ter dito NADA  a respeito. Nós éramos amigos, certo? Eu nunca deixaria nenhuma Aroha ofender a banda do meu amigo, eu no mínimo o defenderia, no mínimo pediria para respeitarem o trabalho dele.
Caramba, nós sofremos MUITO para conseguir aquele comeback. Passamos um ano sendo cozinhados na Fantasio sem lançar nada, duvidando do nosso potencial, duvidando até da nossa humanidade, nos sentindo seis objetos esquecidos no fundo de um armário e quando enfim conseguimos, recebemos aquela pancada na cabeça e bem, ele não disse nada.
-Eunwoo... – ele começa, mas eu ergo a mão para impedi-lo de falar.
-Eu não quero ouvir, eu sei que o que suas fãs fizeram não reflete a sua opinião e blablabla, mas elas sabem? Você não se manifestou, não emitiu nenhum tipo de nota de apoio ou repúdio, NADA! Você não fez e não falou nada e isso me machucou pra caramba, porque eu sei que se fosse o contrário, eu teria me manifestado, eu teria pedido para as Aroha respeitarem a sua música, não apenas como amigo seu, mas como profissional, eu não precisaria ser seu amigo para dizer qualquer coisa a respeito, o trabalho dos outros, independentemente de quem seja, deve ser respeitado.
-Eunwoo as army...
-São um fandom mimado e imbecil. – disparo e ele me encara, sei o quanto ele as ama, mas não estou mentindo. – e é como o Seo Eunkwang sunbaenim disse uma vez: “O fandom é o reflexo de seus ídolos.”
-Você está dizendo que sou mimado e imbecil?
-Você é?
-Você sabe que não.
-Então faça alguma coisa para consertar a imagem do seu fandom, porque é isso que todo mundo pensa dele. Agora se você puder me dar licença, estão tocando a minha música.
Passo por ele o mais firme que o álcool me permite e sigo boate adentro. Quando dou por mim estou dançando e as pessoas ao redor param para olhar. Ok, não sou o melhor dançarino do meu grupo, mas naquele instante, ninguém ali dança melhor do que eu, pelo menos não aquela música.
Thais
Quando fecho os olhos escuto a campainha tocar. A primeira coisa que me vem em mente é que aconteceu alguma coisa com SanHa e que ele está ali, me pedindo ajuda.
Após a noite agradável que passara com Moonbin e Luizinho, por alguma razão sinto vontade de ver SanHa, é como se tivesse passado tempo demais.
Espera um segundo, estou com saudades de uma pessoa que vi naquela manhã?
Seguro PpuPpu nos braços e sigo até a porta. Quando a abro me surpreendo ao dar de cara com Dongmin.
-Dongmin? – pergunto confusa. Ok, o que diabos...
Ele não está normal, claro que não está. O rosto está suado e as roupas um tanto amarrotadas. Ok, como diabos ele fora parar ali? Ele não viera sozinho, certo?
Coloco a cabeça para fora para encarar o corredor e constato que ele está vazio.
-Como você chegou aqui?
-Oi?
-Nesse estado, como diabos conseguiu chegar aqui?
-Os caras me colocaram em um taxi, eu dei o seu endereço porque se eu aparecer assim na Fantasio eles arrancam o meu couro.
Eu mais uma vez o encaro. Por que diabos ele bebeu tanto? O que está havendo? Ele não deveria estar se divertindo com a sua line preconceituosa? O que ele estava fazendo ali? E aquela hora da noite?
-Eu posso entrar? – a voz dele está tão embargada pela bebida que eu quase não consigo entender.
-Claro. – respondo.
Ok, o que diabos?
Então ele tropeça casa adentro, eu me aproximo para ajuda-lo, o segurando ao redor da cintura e o guiando até o sofá, Dongmin se atira, literalmente ali.
-Dongmin por que você bebeu tanto? – pergunto e ele dá de ombros.
-Meus amigos são um bando de filhos da puta.
Eu abafo o riso, ver aquele príncipe xingar é no mínimo engraçado, mesmo que eu saiba que ele tem uma boca bem suja.
-E eu bebi para um caralho.
Então ele começa a rir sozinho, eu apenas o encaro, já tive minha parcela de pessoas bêbadas na vida, sei como aquilo começa e geralmente como termina, em lágrimas e muuuuito vômito.
-Me desculpe. – ele dispara de repente e eu o encaro.
Ok, lá vem as lágrimas.
-Einh?
-O Moonbin te falou a razão de ele não sentar com a gente?
-Falou.
-E você deve estar achando que eu sou um filho da puta também, certo?
-Eu só não entendi o fato de seus amigos discriminarem o Binnie e você continuar sendo amigo deles.
-Se eu te disser que não é opcional, você acredita?
Tumblr media
-Como assim?
-É um bom marketing pras bandas que as lines andem juntas, alguns deles são MESMO meus amigos e os outros, é conveniência.
-Entendi.
-Não você não entendeu. Eu queria mandar todos eles para o inferno pelo que fizeram com o Binnie, mas fui impedido. Daquela line inteira só tinha um que eu considerava mesmo meu amigo, o único que não foi um filho da puta com o Binnie e bem, eu acho que perdi a amizade dele hoje.
-O que aconteceu?
-Eu bebi, fiquei sincero e falei umas verdades pra ele.
-A respeito?
-A respeito de uma coisa aí que aconteceu no nosso comeback, enfim não é mais importante, de certa forma estou aliviado por ter falado, tirei um peso das costas.
-É sempre bom descarregar as coisas, mas é melhor ainda quando a gente faz isso sóbrio, amanhã você não vai lembrar do que falou.
-Mesmo que eu não lembre, ele vai, ah com certeza ele vai.
Então ele começa a rir novamente, ok, ainda não está na hora das lágrimas.
- Enfim, eu só queria que você soubesse o que aconteceu de verdade, a respeito do Binnie.
-O Binnie me falou, não se preocupe.
-Certo.
-E eu queria te dizer mais uma coisa.
-Pode falar.
-Eu gosto de você. – ele dispara simplesmente enquanto me encara. – de verdade, acho que gostei de você no primeiro dia em que te vi na entrevista de emprego e eu estou assustado, com tudo o que vem acontecendo entre a gente, porque eu tenho medo de não ser suficiente, eu não estou me entregando da forma que gostaria e eu sei disso, mas eu também sei que não conseguiria fazer isso porque... – então ele para, os olhos fixos em mim e eu posso notar que eles estão marejados. Ok, agora é a hora das lágrimas.
-Por que o que?
Ele aponta o urso em meus braços e só então eu noto que passara esse tempo todo segurando PpuPpu.
-Porque eu acho que não é de mim que você gosta.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 21
Thais
Fico responsável por ir com Dongmin ao fã meeting solo dele. Ok, estou acostumada com fã meetings, só não sou acostumada com uma mesa tão vazia.
-O que foi? –ele pergunta a me ver olhando ao redor.
-Estou sentindo falta dos outros cinco.
-Sim, eu sempre sinto isso quando preciso fazer fã meetings solo, é chato, quer dizer, é legal encontrar com os fãs, mas é bem quieto sem o MJ e o SanHa gritando o tempo todo.
-Imagino que seja.
-Mas você não precisa se preocupar, ok? É só fazer o que sempre faz.
-Sim eu sei, pegar os presentes que te entregam e guardar na caixa ali atrás. Não é meu primeiro fã meeting senhor Lee Dongmin.
Ele ri e o sorriso dele faz com que eu sinta vontade de pular em seu pescoço e beijá-lo.
Tumblr media
-Depois do fã meeting eu vou encontrar com a minha line. – ele continua. – vamos jantar e trocar algumas ideias, o pessoal da produção também vai, então acho que você não tem escolha.
-Einh?
-A gente vai pra um restaurante em Itaewon depois daqui, vou encontrar com uns amigos meus para jantar, o pessoal de outras bandas que tem a mesma idade que eu.
-O Binnie também vai?
-Oi?
-Moonbin. – pergunto, quer dizer, se vou me enfiar em um restaurante com membros de outras bandas, quero ter um porto seguro entre eles e bem, esse seria o Moonbin.
Já tive minha cota de liners mau educados.
-Não o Bin não vai.
-Vocês não são da mesma line?
-Somos, mas nossas amizades são diferentes.
Não sei a razão, mas aposto que as amizades do Binnie são mais divertidas.
-Entendi.
-Enfim, eu só quis te avisar caso você tivesse planos para o jantar.
-Não tenho.
-Ok então.
A organização o chama e eu me posiciono no palco atrás da grande mesa, me surpreendo ao ver que o auditório está lotado.
O fã meeting começa e como era de se esperar, Dongmin é um anjo com TODAS as fãs. Ele as abraça, as conforta quando elas choram e brinca com elas. Eu me aproximo esporadicamente para pegar os presentes e consigo ouvir a maneira com que ele parece se importar com TUDO o que elas têm a dizer.
Passamos mais de três horas ali. Quando enfim acabamos, eu me aproximo para pegar a terceira caixa de presentes, a me ver fazendo isso, ele se aproxima praticamente correndo e a pega dos meus braços.
-Eu consigo. – é o que digo.
-Não disse que não conseguia, eu só quero ajudar. Me deixa fazer algo por você.
Quando ele diz aquilo eu o encaro. O que ele está tentando dizer?
-Como assim?
-Nada não, vamos?
Sigo com a produção em direção ao estacionamento, colocamos as caixas de presente na van e seguimos caminho em direção ao restaurante.
Quando chegamos lá noto que os amigos de Dongmin já se encontrar em uma mesa, reconheço um deles, Jeon Jungkook da famosa banda BTS.
Passo pela mesa e sigo com o restante da produção para uma mesa ao lado. Dongmin me encara antes de sentar e encarar os amigos.
-Fã meeting solo? – escuto um dos amigos dele perguntar.
-Sim, não gosto muito, mas como o dorama se encerrou agora, me pediram para fazer.
-Entendo.
Foco na mesa em que estou. Gosto das pessoas com quem trabalho e decido que deveria passar mais tempo com eles.
O instante em que entrei no restaurante e notei as duas mesas separadas, enfim notei o meu lugar. Por mais que os garotos tentem me fazer sentir que sou amiga deles, que sou parte da vida deles, não é essa a realidade, não sou. Somos parte de duas realidades diferentes e aquele sentimento me deixou um tanto quanto abalada.
Decido seguir com o jantar, converso com o restante da equipe de igual para igual e me sinto bem, estou no lugar certo.
-Ei! – a voz faz com que desviemos os olhos do jantar e encaremos quem se aproxima, ao vê-lo não posso evitar abrir um sorriso. – e aí? Qual é a boa? Acabou o fanmeeting já?
-Uhum. –é o que respondo no instante em que ele toca meu ombro por trás da minha cadeira.
-Legal, eu vi vocês chegarem, estou jantando com um amigo, a gente pode se juntar a vocês?
-O Cha Eunwoo está na mesa ao lado, por que não se juntam a ele e aos amigos? – um dos produtores pergunta.
Moonbin desvia os olhos da nossa mesa para encarar a mesa ao lado e dá de ombros.
-Prefiro ficar com vocês caso não seja incômodo.
-Incômodo nenhum. – a maquiadora dispara com um sorriso.
-Certo, vou chamar meu amigo, Lizzy abre aí um espaço do seu lado pra gente sentar, volto em um segundo.
Encaro todos na mesa e começo a abrir espaço ao meu lado para Moonbin e seu amigo, enquanto o faço desvio o olhar até a mesa de Dongmin que me olha de soslaio. Ok, por que Moonbin não quis ir até lá?
Mais ou menos uns cinco minutos depois ele volta, mas dessa vez não está sozinho, está acompanhado por alguém.
Eu o encaro, ele tem um sorriso fácil nos lábios, os cabelos são de um tom alaranjado, meio ruivo, ele é alto, quer dizer, pelo menos pra mim, ao lado de Moonbin ele se torna baixinho.
-Esse é Cho Seungyoun. – Moonbin começa olhando ao redor.
-É claro que é. – o empresário do Astro fala com um sorriso ficando de pé e estendo a mão em direção a Cho Seungyoun que a aperta com um sorriso. – como faz tempo que eu não te vejo Luizy!
-Pois é, eu andei um pouco sumido.
-O Seungyoun está trabalhando em um projeto solo, sai agora, certo?
-Uhum. – é o que ele diz.
-Ah vamos sentar que eu estou com fome. – Moonbin dispara ainda sorrindo. – quando pedirmos voce pode nos falar mais a respeito do seu projeto solo.
-Claro.
Os dois se sentam, Moonbin ao meu lado.
-Liz. – ele começa me encarando com um sorriso. – eu disse para o Seungyoun que você é brasileira, ele fala um pouco de português, ele já morou no Brasil.
Desvios os olhos de Moonbin para encarar Seungyoun que me olha com um sorriso no rosto.
-Eu joguei na base do Corinthians. – ele dispara em português e eu abro um sorriso.
-Sério? Logo no Corinthians?
-O que você tem contra eles?
-Time de marginal.
-E você acha que eu sou o que?
Nós rimos, o som da nossa risada faz com que ambas as mesas nos encarem.
-Desculpe. – é o que eu e Seungyoun falamos ao mesmo tempo, baixando nossos olhos.
-Eu tenho um nome brasileiro. – ele continua, agora um pouco mais baixo.
-Sério? E qual é?
-Luizinho.
Eu começo a rir de imediato, ele ri junto.
-O que diabos...? – Moonbin pergunta.
-Desculpe. – é o que eu digo. – mas é que eu achei engraçado um coreano chamado Luizinho.
-Quem não acha? – Moonbin dispara dando de ombros.
O jantar se segue, os pedidos de Seungyoun e Moonbin não demoram para chegar, enquanto comemos conversamos sobre muitas coisas, descubro que as comidas favoritas de Luizinho( sim, ele me disse que posso chama-lo dessa forma) são pão de queijo e guaraná e prometo que ensinarei Moonbin a fazê-los e na próxima vez em que nos encontrarmos, faremos pães de queijo para ele.
O pessoal da produção começa a ir embora, quando dou por mim estamos apenas os três, conversando e bebendo.
Por alguma razão o sentimento que eu tivera em relação a Dongmin passou. Quer dizer, o fato de eu achar nçao pertencer ao mesmo mundo que os idols. Moonbin e Luizinho me deixaram tão confortável que eu realmente não conseguia me ver de qualquer maneira abaixo dos dois. Éramos três amigos, conversando e bebendo em uma mesa de restaurante em Itaewon.
Por algum tempo esqueço que Dongmin está na mesa ao lado e me concentro apenas nos dois que estão comigo. O papo flui, conseguimos conversar a respeito de qualquer coisa. Moonbin é uma das melhores pessoas que já conheci na vida e pelo visto, Luizinho é como ele.
-Não aí eu estava andando de metrô. – Luizinho continua a história a respeito da primeira vez em que saíra sozinho do Centro de Treinamento do Corinthians, em Itaquera, São Paulo, Brasil. – e sério, de verdade, eu não sei como diabos cabia tanta gente em um espaço tão pequeno.
-Tinha mais gente do que em Seul na hora do Rush? – Moonbin pergunta espantado.
-Opa, muito mais.
-Isso porque você estava no metrô, o metrô é vazio, você já pegou a CPTM?
-No Brás?
Então nós dois começamos a rir, Moonbin dá um tapa em Luizinho e me encara.
-O que é Brás?
Então começamos a rir novamente.
Após muito tempo desvio os olhos para a mesa do lado e constato que Dongmin e seus amigos não estão mais lá.
-Eles já foram embora? – penso alto.
-Einh? – Moonbin pergunta me encarando.
-Dongmin e os amigos.
-Ahhh... – ele fala desviando os olhos de mim para encarar a mesa vazia. – pois é.
-Estranho ele nem se despediu.
Moonbin e Luizinho trocam olhares e depois dão de ombros.
-O que é? – pergunto.
-Nada. – Moonbin dispara.
-Não seja imbecil. O que foi? Por que você não estava com eles mesmo sendo da mesma line? Por que preferiu sentar aqui com o pessoal do staff?
Moonbin respira fundo e encara Luizinho que dá de ombros.
-Eles não gostam de mim.
-Quem?
-Os amigos do Dongminie.
-Por que não?
-Por causa dos rumores.
-Quais rumores?
-De que eu sou gay.
Por um instante eu apenas o encaro. O que? Moonbin gay? De onde as pessoas tiraram isso? Quer dizer, se eu fosse apontar, Dongmin parecia mil vezes mais gay do que ele.
-Como isso aconteceu? – pergunto. Ok se Moonbin for REALMENTE gay, não quero constrange-lo.
-Foi tudo por causa de um dorama no qual interpretei um personagem gay. – ele começa de forma simples, como se aquilo não fosse nada de mais. – fui convidado para fazer e bem, achei que seria uma boa, para quebrar parâmetros e também para tentar diminuir um pouco a homofobia que rola, não apenas no mundo do k-pop, mas no mundo em si. Enfim, as Aroha aceitaram de boa, foi muito legal o apoio que recebi, fiquei feliz em saber que estava com a fanbase certa, sabe? Uma fanbase livre de preconceitos e aberta ao amor, mas o restante do mundo...
-Deduziram que você era gay por causa de um dorama?
-Deduziram que tinha algo errado comigo por causa de um dorama. – ele fala dando de ombros. – como se ser gay fosse algo errado.
-Entendi. –falo de forma simples. – as pessoas conseguem ser bem escrotas.
-Sim elas conseguem. – ele fala simplesmente. – não sou gay, foi apenas um papel, mas acho que para os amigos do Dongmin, bem, estar perto de mim os transforma em algo que eles abominam.
-Isso é ridículo, por que diabos o Dongmin anda com essa gente? – pergunto, mas então um alarme toca em minha mente. Dongmin é como eles? Por favor que ele não seja, não suporto pessoas preconceituosas.
-O Dongmin já se pronunciou a esse respeito, sabe? Já conversou com eles e eles me aceitaram no grupo, eu só não me sinto bem lá.
-Entendi, mas mesmo assim, mesmo se você fosse gay, eles não têm o mínimo direito de te excluir por isso.
-É complicado e nem todos eles são assim, mas para evitar olhares e comentários eu prefiro não me misturar e bem, somos muito diferentes.
-Entendi.
-Enfim acho melhor irmos embora, certo? Amanhã temos ensaio cedo. – Moonbin dispara com um sorriso, Luzinho concorda.
-Eu ainda tenho que fechar coisas da gravação de amanhã.
-Clipe? – Moonbin pergunta e Luizinho faz um gesto positivo com a cabeça.
-Sim, meu clipe de Debut como Woodz, vai ser puxado, mas a história está bem legal, quando sair o demo mostro para vocês.
-Vocês no plural? – pergunto e ele me dá de ombros.
-Você não vai me fazer pães de queijo? Estamos quites.
-Verdade.
Seguimos restaurante afora, Luizinho é o primeiro a ir embora em um táxi, eu e Moonbin ficamos para trás esperando o que chamamos.
-Não fique irritada com o Dongmin. – é o que ele diz ao ver que estou quieta. –ele tentou, mas algumas pessoas simplesmente não abrem as cabeças.
-Ele deveria ter se afastado deles então.
-Se você for se afastar de todo mundo que tenha um pensamento diferente do seu, vai acabar sozinha Liz.
Não discuto, mas por alguma razão, continuo me sentindo mal.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 20
Thais
-Noona. – ele começa enquanto atira a PpuPpu pra cima e para baixo. – você não levou a sério as ofensas do Hyunjin não, certo?
-Por que eu levaria? Estou acostumada com maknaes mal educados.
-HEY!
Eu começo a rir, ele me encara.
-Noona?
-Uhm?
-As pessoas achariam estranho caso eu dissesse que venho aqui para conversar, não achariam?
-Por que?
-Porque somos só nós dois.
-Acho que o fato de sermos amigos ameniza a situação, quer dizer, você não acha estranho, acha?
-Eu?
-Uhum.
-Uh-hum. Você?
-Uh-hum. – é o que ele diz deslizando da cama e sentando ao meu lado no chão do quarto. – Noona?
-Uhm?
-A gente pode jogar um jogo?
-Odeio jogar com você.
-Por que?
-Porque além de escandaloso você é competitivo demais.
-Eu? Eu sou competitivo? Olha só quem fala!
Lhe mostro o dedo do meio, SanHa ri.
-Noona?
-Que?
-Vamos jogar por favor.
-O que você quer jogar? Por favor algo que não pareça para os vizinhos que eu estou te estuprando.
Ele me encara, os olhos maiores do que o normal, eu começo a rir de imediato.
-Você entendeu, por causa dos seus gritos.
-Entendi.
-Enfim, o que é?
-Um de nós conta uma história e o outro não pode rir.
-Precisar ser uma história real?
-Não não. - ele fala fazendo um gesto negativo com o dedo indicador.
Tumblr media
-Certo. Entendi. Quem começa?
Ele me encara e fecha a mão, sei o que aquilo significa. Pedra, papel ou tesoura e bem, é claro que eu perco.
-Aha! – ele grita e eu o encaro. – ok desculpe, sem gritos.
Ele limpa a garganta e se aconchega melhor no chão ao meu lado, eu puxo o edredom da cama e cubro nossas pernas. Estamos os dois, sentados ao chão e encostados na cama. Ppuppu ao nosso lado.
-Uma vez eu estava na escola. – ele começa olhando em frente. – não sei se eu tomei meu café da manhã rápido demais, mas no meio da aula começou a me dar uma dor enorme na barriga.
Eu me concentrei, ok lá vinha.
-Aí eu fiquei meio que rezando, sabe? Pra aula acabar logo senão ia acabar acontecendo um desastre ali mesmo.
Respiro fundo, a maneira com que ele fala já me faz querer rir.
-Noona você já teve uma dor de barriga tão forte que começou a suar?
-Acho que todo mundo já teve.
-Pois é, quando o sinal enfim tocou, eu saí literalmente correndo da sala, ignorando o professor e a rotina de saída. Eu queria chegar logo no ônibus.
-Por que? Por que não no banheiro da escola?
-Porque o último menino que foi no banheiro da escola, chamam ele de tolete até hoje.
Fecho a garganta. Droga. SanHa vai me fazer rir.
-Enfim, eu corri até o ônibus, mas quando eu ia entrar eu senti, senti que se entrasse no ônibus um acidente grave aconteceria. Então voltei correndo para a escola. Na verdade eu não corri, porque estava com medo de, você sabe, pow no meio de todo mundo. Então eu meio que me arrastei até a escola. Noona a cada passo que eu dava, parecia que o banheiro se afastava. Quando enfim cheguei na portaaaaaaaa.... Prrrr!
O som que ele faz com a boca me quebra, quando dou por mim estou rindo alto.
-AHHHHHH VOCÊ RIU! – ele grita ficando de pé e começando a saltitar pelo quarto.
-Você queria que eu não risse sabendo que você se cagou na porta do banheiro da escola?
-Não importa a história que seja. – ele fala apontando em minha direção. – NÃO PODE RIR!
-Ok eu aceito a minha punição. Qual vai ser?
Ele para um segundo analisando, então pega uma das almofadas e atira em minha direção.
-Hey! – reclamo, mas ele já ri com vontade e nem preciso dizer que o som da risada dele é simplesmente perfeito.
Pego a almofada que ele atirara em mim e atiro de volta no rosto dele, ele para de rir de imediato.
-Isso foi golpe baixo, você que perdeu! – ele resmunga.
Dou de ombros. Ele pega a almofada novamente. Eu fico de pé e corro para o lado oposto da cama.
-Sai você perdeu, agora eu quero descontar.
-Sai SanHa!
-Preciso descontar!
Ele atira a almofada em minha direção, mas eu desvio me abaixando.
-NOONA!
-Eu não vou deixar você me acertar de novo!
-Você perdeu!
-E daí?
-São as regras.
-Caguei para as regras, quer dizer, acho que foi VOCÊ quem cagou!
Ok aquela piada é a gota d1água. SanHa salta por cima da cama, vindo em minha direção, eu corro, desviando dele e indo em direção a porta.
-Nem a pau! – é o que ele diz, saltando da cama e me segurando ao redor da cintura.
Em um movimento rápido ele me puxa, me atirando de costas na cama. Eu começo a rir de imediato. O que diabos está acontecendo?
-Você não vai fugir! – é o que ele diz pegando um travesseiro e começando a bater em mim.
As pancadas são leves o que faz com que eu continue a rir de forma exagerada.
-Você- perdeu-então-tem-que-assumir-as-consequencias-dos-seus-atos-noona-é-assim-que-a-vida-funciona!
A cada palavra, uma nova “travesseirada”. Estou sem fôlego de tanto rir, mas não consigo parar.
-Ddana tempo. – é o que consigo dizer. – eu estou sem ar, eu vou morrer.
Ele para e me encara visivelmente preocupado. Estou suada, sem ar e toda descabelada, mas ainda rio.
-Você vai fugir na próxima? – ele pergunta ainda segurando o travesseiro.
-Eu...
-Me diz que não vai fugir e eu paro.
-Eu não...
-Você não...
-Eu não vou.... Aceitar isso!
Respiro fundo e aplico toda a minha força, puxando o travesseiro de vez, em um reflexo SanHa a força que eu emprego não apenas faz com que eu puxe o travesseiro, mas também faz com que ele seja puxado junto, SanHa se desequilibra e cai em cima de mim na cama.
Por um instante nenhum de nós dois se move. Ele ainda segura meu travesseiro, o que faz com que nossos corpos não se toquem por completo, mas nossos rostos mais estão mais próximos do que deveriam, consigo sentir a respiração dele em meu rosto e o cheiro de menta da pasta de dentes.
Ele me olha nos olhos, os pequenos olhos castanhos estão assustados, ele claramente não sabe o que fazer, está completamente sem reação. Eu também estou, nunca vi uma pessoa tão linda em toda a minha vida. Ele está com a cara lavada, não usa nenhum tipo de maquiagem, mas mesmo assim tudo nele é perfeito.
Desvio os olhos do pequeno sinal que ele tem do lado esquerdo do queixo e encaro os lábios perfeitamente desenhados. Claro que aquilo é um erro, pois estão próximos, muito próximos.
Ele morde o lábio inferior e então meu corpo inteiro entra em combustão. Respiro fundo e me impulsiono para o lado, ao perceber que tento me mover, ele se afasta, ficando de pé rapidamente, ok agora preciso me recompor.
Fico de pé e me afasto da cama, indo na direção contrária a que ele está, fico de costas pra ele durante alguns segundos e então depois de obrigar minha respiração a voltar ao ritmo certo eu me viro, ele agora tem o travesseiro esticado em minha direção, mas ele não me encara.
-Toma. – é o que ele diz.
Por um segundo eu não me movo, mas percebo o que aconteceu. Percebo que se eu não agir, as coisas ficarão estranhas novamente e bem, logo agora que o tenho de volta.
Pego uma almofada próxima e atiro em sua direção. Ele me encara por alguns segundos sem nada entender, mas então abre um sorriso, se atirando de costas na minha cama. Vejo no instante em que ele cobre até a cabeça e me dá as costas, se encolhendo feito uma criança. Ok, foi por pouco.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 19
Thais
Termino de arrumar a sala de ensaios e olho ao redor. Preciso conferir se está tudo direito, afinal antes do ensaio dos garotos, receberemos três integrantes de três outras bandas: Bomin do Golden Child, Daehwi do Ab6ix e Hyunjin do Stray Kids.
Segundo o que me foi dito, eles estarão ensaiando com SanHa uma apresentação especial para o Music Bank e hoje o local escolhido foi a sala de ensaios do pr��dio da Fantasio.
-Ah Noona. – é o que escuto e me viro para encarar a porta, SanHa está de pé me encarando com um sorriso. – você ainda está aqui?
-Estava só conferindo se está tudo bem para receber seus amigos.
-Eles não são meus amigos, quer dizer, nem todos eles, a verdade é que eu gosto bem pouco do Hyunjin.
-Eu não falo ideia de quem você está falando.
-Vai fazer, ele meio que se destaca entre os outros.
-Como assim?
-Você vai ver, enfim Noona os lanches, eu posso ver o que você trouxe?
-Quer ver se tem coisas sem açúcar?
-Sim, o Hyunjin é bem chato quanto a isso, ele não come nada com açúcar.
-Me disseram então eu trouxe algumas coisas sem açúcar para ele, mas trouxe lanches normais para você e os outros dois.
Ele encara a cesta de lanches e começa a bater palminhas animado.
-Tem balas de gelatina.
-Claro que tem, você acha mesmo que eu não ia colocar suas balas de gelatina por causa de um Hyunjun qualquer?
-Hyunjin. – ele me corrige.
-Tanto faz.
-Obrigado Noona, você é a melhor noona de todas.
O clima permanece aquele. Não superei o beijo que dera em SanHa e nem a vontade de fazer novamente, mas ele dissera que éramos amigos e bem, eu tinha que me conformar com isso, certo? O que me restava era fingir que estava tudo bem, fingir que não sentia vontade de beijá-lo toda vez que olhava para ele.
Com Dongmin as coisas estavam um pouco diferentes, quer dizer, ele não sabia o que tinha acontecido entre SanHa e eu e não vou negar que ficar com ele era algo que eu estava realmente gostando de fazer. Não tínhamos um compromisso um com o outros, ficávamos esporadicamente, quando ele termina o ensaio cedo as vezes ia para o meu apartamento e bem, o resto acho que meio que já dá para imaginar.
-Ahhhh Baby SanHa. – a voz vinda da porta faz com que eu desperte de meus pensamentos e a encare. Três caras se aproximam, dois deles têm cabelos escuros, curtos e sorriem de forma doce em nossa direção, já o terceiro tem cabelos na altura dos ombros, muito loiros e seu sorriso não é doce, na verdade é um tanto debochado.
-O loiro? – pergunto baixo para que apenas SanHa me escute.
-Eu te disse que ele se destacava. – ele responde tentando conter o riso.
-Estou indo embora Ddana, se precisar de alguma coisa é só me chamar.
-Está certo, obrigado Noona.
Me afasto de SanHa e passo pelos três, os dois morenos me fazem uma pequena reverência, o loiro me encara dos pés a cabeça.
-Thais Valero? – ele dispara e eu me viro para encará-lo.
-Einh?
-Seu nome.
-Sim, como você sabe?
-Está pendurado no seu pescoço.
Só então lembro que uso um crachá.
-Ah verdade.
-Você trabalha aqui, certo?
-Uhum.
-Já que trabalha aqui. – ele fala retirando o casaco e o estendendo em minha direção. – pendura isso pra mim.
Levo um segundo para notar o que está havendo, mas então estendo a mão em direção ao casaco.
-Claro, penduro sim.
-YA! HYUNGJIN!
O grito de SanHa faz com que eu desvie os olhos do casaco de Hyunjin e o encare, ele tem os olhos firmes em cima do “amigo” e parece mais do que irritado.
Tumblr media
-A THAIS NOONA NÃO É SUA EMPREGADA, VOCÊ PODE PENDURAR SEU PRÓPRIO CASACO COMO OS OUTROS FIZERAM!
-Primeiro de tudo. – Hyunjin começa. – ya? Vai realmente falar comigo assim? Eu sou mais velho do que você.
-Um dia! – SanHa dispara.
-Tanto faz, mas sou mais velho, me trate com respeito. Segundo, se ela trabalha aqui, ela pode muito bem pendurar meu casaco.
-Se você tem mãos, você pode fazer isso sozinho!
-Yoon SanHa, eu não sei o que os seus hyungs usam para te deixar falar dessa forma com eles, mas comigo você não vai falar assim! Se você não os respeita, o, mas a mim você vai respeitar.
-Eu respeito meus hyungs, respeito a gente conquista Hyunjin e agindo da forma que você age, você nunca vai conquistar isso de ninguém.
-Ddana! – interrompo a discussão, todos se viram para me encarar. – não me custa nada pendurar o casaco dele.
-Não custa nada a ele também! – SanHa discute.
-Ddana por favor é sério.
-Noona se você pegar o casaco dele e pendurar, eu tiro do cabide e jogo no chão.
-Isso é sério? – um dos de cabelos escuros se destaca, se aproximando de Hyunjin e pegando o casaco dele. – eu penduro essa droga!
-Bomin!- Hyunjin o reprime, mas ele dá de ombros e os encara. – podemos começar esse ensaio logo, por favor?
Eu olho dele para SanHa que me faz um gesto positivo com a cabeça. Respiro fundo e saio da sala.
-E que cara de bunda é essa? – Moonbin pergunta no instante em que me vê no corredor.
-Eu estou vindo da sala de ensaios, deixei o SanHa com os meninos das outras bandas.
-Pela sua cara você conheceu o Hyunjin.
-Que garoto imbecil!
-Ele é, o SanHa costuma ignorar ele, a gente pediu que ele o fizesse para evitar conflitos desnecessários.
-O SanHa costuma ignorar ele?
-Uhum.
Não foi bem isso o que ele fez hoje.
-Pois é, evita stress.
-Evita sim. Enfim, você está ocupada agora?
-Eu? Não. Por que?
-Você me ajuda na minha live?
-Sua live?
-Uhum eu vou fazer uma live pequena para falar com as Aroha.
-Ah isso é legal.
-Sim, eu só não sei o que fazer.
-Por que você não cozinha?
-Thais eu sou um péssimo cozinheiro.
-Eu sei, por isso mesmo eu disse isso, vai ser engraçado.
-É uma boa ideia.
-Uhum.
Sigo com Moonbin até a cozinha da fantasio, no momento quero me concentrar em qualquer coisa que não seja o pescoço daquele magricela do Hyunjin.
SanHa
-Você está bem? – Bomin pergunta ao se aproximar de mim, eu respiro fundo.
-Não enfiei a mão nele ainda, né? Então estou bem.
-O que está acontecendo? Você é acostumado a ignorar as grosserias do Hyunjin, por que arranjar briga agora?
-Porque quando as grosserias dele são comigo eu posso relevar, já que sei que ele é um escroto, imbecil, filho de uma puta, mas com os outros? Quem ele pensa que é pra tratar a Thais noona como empregada dele?
-É só isso mesmo?
-Só isso o que?
-Eu pensei que você sei lá, estivesse defendendo aquela Noona porque gosta dela.
Engasgo.
-O-Oque?
-Sei lá, a maneira com que você defendeu ela.
-Não, claro que não. – minto. – é só porque o Hyunjin é um imbecil só por isso, eu teria defendido qualquer pessoa do staff do Astro do jeito que defendi a Noona.
-Entendi.
-Pelo menos os meus lanches sem açúcar ela colocou aqui. – a voz de Hyunjin invade nossos ouvidos e eu encaro Bomin que abre um sorriso segurando meu braço.
-Pensamentos felizes, pensamentos felizes.
Forço um sorriso, Bomin me dá uma cotovelada.
-Não, assim não, pensamentos REALMENTE felizes.
Respiro fundo e me concentro. Ok, naquele instante só consigo ter UM pensamento que me deixe REALMENTE feliz.
Por isso me concentro nele e abro um sorriso verdadeiro dessa vez.
-Ótimo, esse pensamento aí funciona, até parece o Yoon SanHa de quando fomos andar de barco na costa do Japão.
-Pareço?
-Uhum.
-Ótimo.
-No que está pensando?
-Estou me vendo apertando o pescoço do Hyunjin até que ele fique roxo e não consiga mais respirar.
-Ok agora você me assustou.
Abro um sorriso, Bomin ri junto.
-Vamos continuar logo o ensaio antes que a bicha loira dê outro escândalo.
Bomin sorri novamente e nós seguimos caminho.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 18
SanHa
-E então?
-AI HYUNG!
A maneira com que Minhyuk hyung entra no quarto faz com que eu dê um salto da cama. O que diabos ele está pensando?
-Para de ser tão escandaloso. – ele me reprime.
-Então para de me assustar.
-Eu quero saber se você já falou com ela.
-Oi?
-Com a Thais Noona, você já falou com ela?
Respiro fundo. O comeback fora uma loucura e depois que nós enfim conseguimos parar de dar entrevistas, eu simplesmente não a vira mais.
-Eu não consegui.
-Por que?
-Porque quando as entrevistas acabaram ela já tinha sumido.
-Você esqueceu onde ela mora?
Por um segundo eu apenas o encaro. Odeio aquele hyung.
-Se eu for lá, eu digo o que?
-E eu que sei? O que você está sentindo?
-Eu estou confuso, quer dizer, não sei, eu não sei o que pensar porque eu vi ela com o Dongmin hyung, mas ela me beijou e eu realmente queria saber se foi apenas para me ajudar ou se teve algo mais ali.
-pronto.
-Pronto o que?
-Você já sabe o que dizer.
Analiso a situação e coloco o controle do videogame de lado, ficando de pé.
-Você vem comigo?
-Você não acha que três é demais?
-É só pra me fazer criar coragem, quer dizer, não me deixar desistir no meio do caminho.
-Sorte sua que tem um caminhão de hot dog ali na frente e eu estou com fome.
-Obrigado hyung, obrigado de verdade.
Thais
Naquela noite realmente não estou afim de fazer nada a não ser comer uma pizza e assistir a um filme qualquer.
Já pedi a pizza e agora só me falta esperara para recebe-la. Enquanto espero coloco um DVD e me atiro no sofá com PpuPpu nos braços, afinal preciso de alguma companhia certo?
-PpuPpu? – começo enquanto os trailers ainda estão passando. – você acha que eu deveria falar com o Ddana?
Ddana. De repente chama-lo assim se torna estranho.
-SanHa. – me corrijo. – Yoon SanHa. Você acha que eu devo falar com ele?
É claro que o urso NÃO responde, mas eu sei a resposta. Devo falar com SanHa, mas preciso falar com Dongmin antes.
Por um segundo  me pego rindo alto da situação. Aquilo é sério mesmo? Eu? Eu estou em dúvida entre dois caras? E não apenas dois caras, Lee Dongmin e Yoon SanHa? Isso é no mínimo irreal.
Fico de pé para pegar o celular quando escuto a campainha tocar. Esqueço o aparelho e sigo até a porta, ao abri-la dou de cara com Dongmin e bem, dizer que ele está lindo é completamente desnecessário.
-Estou te atrapalhando? – ele pergunta com aquele sorriso que puta que pariu.
-Sim eu estava fazendo vários nada. – disparo e ele ri.
-Posso entrar?
Não tem como dizer que não. Talvez isso seja até melhor, falo logo com ele pra depois falar com SanHa e se tudo ocorrer como o previsto na minha mente, fico sem os dois até o fim da noite.
É algo vago, quer dizer, a jogada que estou prestes a fazer. Sei que Dongmin gosta de mim, já SanHa... Por mais que a maneira com que ele correspondeu ao beijo não saia da minha mente, ele nunca dera indício algum de que sentia algo por mim a não ser um enorme carinho.
-Thais? – desperto e noto que estou parada na porta, Dongmin me encara visivelmente intrigado.
-Oh me desculpe Dongimin. – é o que digo me afastando para que ele entre. – eu me distraí.
-Eu notei.
Seguimos apartamento adentro, meu coração está aos pulos. Estou mesmo pronta para terminar, o que quer que seja que rola entre Dongmin e eu para apostar as minhas fichas em um beijo?
-Você já jantou? – ele pergunta e eu faço um gesto negativo com a cabeça.
-Hoje é dia de comemorar, pedi pizza.
-Você sabe mesmo como comemorar, certo?
-Opa se sei, pizza e um filme.
-Perfeito.
-Sim, perfeito.
Ao sentar no sofá ao lado dele, noto que Dongmin encara PpuPpu. Eles se conhecem?
-O Ddana. – ele começa. –ele deixou o PpuPpu com você?
Sim, eles se conhecem.
-Foi, ele disse que ele podia me fazer companhia quando eu estivesse sozinha e bem, ele é legal, quase nunc afaz comentários sobre os filmes.
Dongmin ri, colocando o urso de lado e me encarando.
-Quer ficar sozinha? Caso você queira eu posso ir embora.
Ok. Agora eu digo o que?
SanHa.
Deixo Mnhyuk hyung no caminhão de cachorro quente e sigo prédio adentro. Está na hora de falar com ela, de dizer o que sinto e deixar que ela me diga que na verdade é com o Dongmin hyung que quer ficar.
Por um segundo para em frente ao elevador, decidindo se aperto o botão o não. E se ela me disser mesmo que quer ficar com ele? Se ela me dispensar? Se disser que sou uma criança boba?
Por um lado estou assustado, mas por outro... Foi ela que me beijou, quero saber o que aquele beijo significa. Quero dizer pra ela o que ele significou pra mim. Quero que ela saiba que desde que a vi pela primeira vez na sala de ensaios que ela mexe comigo e que eu só não disse nada antes porque não entendia. Eu não entendia qual era a urgência que me acometia toda vez que a via pelos corredores. Eu não entendia que a minha vontade de sair correndo pra longe dela, na verdade era uma válvula de escape já que eu não podia correr até ela. Eu não entendia nada daquilo, até aquela noite, até ela me beijar, foi ali, foi naquele instante, naquele beijo que tudo começou a fazer sentido. Foi naquele beijo que tudo mudou.
Entro no elevador e aperto o botão. Sim, está decidido, vou falar com ela.
Quando saio do elevador a cena que vejo faz com que eu recue de imediato. É ele, Dongmin hyung. Ele está de pé na porta dela, ele toca a campainha e ela... Ela atende com um sorriso no rosto.
Ok, aquilo é tudo o que preciso ver. Se o beijo tivesse significado o que quer que fosse pra ela, ela não estaria com ele, certo? Ela estaria no mínimo pensando em falar comigo a respeito.
Não significou. Foi apenas para me ajudar. Nada mudou.
Thais
-Thais? Você quer ficar sozinha?
Antes que eu responda o interfone toca. Corro até lá para atender e o síndico me diz que a pizza chegou.
-A pizza chegou. – é o que digo. – eu vou buscar, já volto.
Corro. Literalmente. Em direção a porta e saio. Salva pela pizza.
Quando chego a portaria uma cena me chama a atenção. Aquele é ele, certo? Aquele é SanHa.
Respiro fundo. Ok, talvez seja a hora certa de falar com ele, resolver tudo e então subir e me resolver com Dongmin.
-Ya! – chamo. – Yoon SanHa!
Ele se vira, me encarando visivelmente assustado.
Não espero que ele reaja, deixo a pizza com o porteiro e corro até onde ele está.
-Ah noona. – é o que ele diz me fazendo uma pequena reverência.
-O que você está fazendo aqui sozinho? – pergunto.
-Não estou sozinho, eu vim com o Minhyuk hyung. – é o que ele diz.
-O Rocky está aqui?
Ele desvia os olhos de mim para olhar em direção o caminhão de cachorro quente e me faz um gesto positivo.
Tumblr media
-Uhum, ele está ali, viemos comprar cachorro quente.
-Ah está bem, entendi.
-Noona! – ele fala de repente. – eu queria te dizer uma coisa.
-O que? – pergunto, o coração aos pulos.
-Sobre mais cedo, antes do comeback, quando eu passei mal...
Ok, ele começara.
-Obrigado por me ajudar, de verdade. Eu sei que se você não tivesse feito o que fez eu não teria sido capaz de subir ao palco então obrigado de verdade. Agora eu consigo reconhecer o quanto sua amizade significa pra mim, você é a melhor Noona de todas.
Amizade. A melhor Noona de todas...
-Eu sei que se acontecesse com qualquer um dos hyungs você faria o mesmo, mas como fez por mim, eu quero realmente agradecer. Me sinto mais seguro tento uma Noona como você por perto. Obrigado.
Eu não respondo, não sei o que dizer.
-Noona?
-Claro. – falo despertando e encarando-o com um sorriso forçado. – eu faria por qualquer um dos seis, afinal preciso cuidar de vocês, certo?
-Uhum. – é o que ele responde.
-Então se cuida SanHa. – disparo tentando encerrar a conversa, naquele instante eu só quero sair de perto dele o mais rápido possível.
-Você também Noona, a gente se vê amanhã?
-Sim, a gente se vê amanhã.
-Boa noite.
-Boa noite.
Me afasto seguindo em direção a portaria, passo direto sem nem ao menos lembrar da pizza. Quando abro a porta do apartamento, Dongmin me encara.
-Thais? Aconteceu alguma coisa? A pizza não chegou?
Não digo nada, disparo em sua direção e deito no sofá, me aconchegando ao seu lado, a cabeça em seu colo.
-Hey, o que aconteceu? Você está bem?
Faço um gesto negativo com a cabeça. Sinto ele tocar meus cabelos de leve e depositar um beijo em meu rosto. Fecho os olhos pensando que talvez ali seja o lugar em que eu deva estar, nos braços dele.
SanHa
Quando ela se aproximou eu congelei. Por um instante quis dizer o que sentia, quis dizer tudo, mas a imagem de Dongmin hyung em seu apartamento me fez mudar de ideia. Ela ia rir de mim, quer dizer, talvez não risse por ser quem é, uma das melhores pessoas que já conheci, mas com certeza o clima entre nós ficaria estranho caso eu me declarasse.
Era melhor deixar do jeito que está.
-Hey Maknae e ai? – Minhyuk hyung pergunta se aproximando com dois cachorros quentes em mãos. – eu vi a Noona vindo aqui. Falou com ela?
-Somos amigos. – é o que respondo. – nada mudou.
Minhyuk hyung me encara e eu fecho a jaqueta que visto, correndo em seguida em direção ao dormitório. De repente tudo ao meu redor se tornou frio.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 17
Thais
Sento na primeira fila ao lado de Tiele, quando a banda é anunciada eu estou nervosa. A cena de mais cedo ainda martelando em minha mente. O que aconteceu? Sei que no momento a única coisa na qual eu conseguira pensar para fazer com que SanHa voltasse a respirar normalmente tinha sido beijá-lo, mas e agora° E se ele estiver me odiando? Eu simplesmente passei de todos os limites da nossa amizade.
Tento me concentrar em qualquer coisa menos naquilo. Sei que precisarei falar com ele mais tarde e estou nervosa com isso.
A apresentação começa e como é de se esperar eles estão perfeitamente sincronizados. Não consigo, mesmo que queira, desviar os olhos de SanHa, afinal ainda estou preocupada com o ataque de pânico que ele tivera antes de subir no palco.
Mas aparentemente ele está bem, na verdade ele está bem ATÉ DEMAIS.
A forma com que os seis se movimentam e a coreografia em si é simplesmente fora de série.
Não consigo mesmo que tente, encontrar o Ddana ali, ele é Yoon SanHa e ninguém além.
Em um dos movimentos mais ousados da coreografia meu coração vai parar na boca. Mesmo quando o vi apenas de toalha, SanHa não estava assim tão sexy.
Tumblr media
Quando a apresentação acaba eu fico de pé e sigo para o backstage, afinal toalhas e garrafas de água agora serão mais necessárias do que nunca.
Enquanto distribuo as coisas me mantenho em silêncio. Os garotos conversam entre si e com as pessoas ao redor, eu tento mergulhar nos meus afazeres e não pensar no que vi no palco ou no que fiz por trás dele.
-E então? – a voz de Dongmin faz com que eu derrube a garrafa que tenho em mãos. – Oh, desculpe, você se assustou?
-Um pouco. – é o que respondo.
Não sou acostumada a me assustar a não ser que esteja muito distraída ou que tenha feito algo errado e bem, é exatamente esse o caso.
-O que você achou da música? – ele pergunta e eu me obrigo a forçar um sorriso.
-É ótima, quer dizer, envolvente e bem a coreografia é bem ousada.
-Foi o Minhyuk que criou, quer dizer, ele e o Moonbin.
-Eu imaginei que teria sido.
-Pois é, então depois daqui a gente vai voltar pra produtora para descansar um pouco e eu pensei que a gente poderia sei lá, tomar um vinho ou algo do tipo.
Ok, que merda.  E agora eu dizia o que? Quer dizer, não que eu não goste de estar com Dongmin, ele é lindo, educado, gentil, carinhoso, engraçado, ele é simplesmente tudo o que alguém espera de um cara e eu tenho sorte de tê-lo por perto, mas a verdade é que não consigo parar de pensar no beijo de SanHa e na maneira com que eu quase não consegui me afastar e no fato de querer com toda a certeza do mundo, beijá-lo novamente.
-Cha Eunwoo. – a voz faz com que ele desvie os olhos de mim e encare o senhor Noh. – você pode vir aqui um segundo?
-Ah claro. – é o que ele diz me encarando. – a gente conversa daqui a pouco.
-Uhum.
Salva pelo senhor Noh.
SanHa
-O que deu em você? – Minhyuk hyung pergunta no instante em que senta ao meu lado no sofá;
-Einh?
-Mais cedo antes de entrarmos no palco. O Moonbin hyung disse que você tinha passado mal e a Thais Noona tinha te levado daqui, ele fez a gente correr feito doidos atrás de respiradores pra você.
-Eu tive um ataque de pânico. – é o que respondo.
Tudo voltando feito um átimo para minha mente. Primeiro a dor no peito, depois a falta de ar e então o beijo.
Quando lembro da cena sinto que meu estômago foi mergulhado em água gelada ou que fui empurrado sem paraquedas de um avião e estou em queda livre.
-Você teve o que?
-Um ataque de pânico, mas estou bem agora, a Noona me ajudou.
-Como? Ela conseguiu um respirador pra você?
Olho ao redor, estão todos distraídos com a entrevista que Dongmin hyung está dando para o Music Bank, por isso respiro fundo e encaro Minhyuk hyung.
-Ela me beijou.
-O QUE?
Eu lhe dou um tapa e ele me encara.
-Como foi isso? Como assim?
-Ela disse que viu em algum lugar que se eu prendesse a respiração o ataque de pânico pararia, então ela me beijou.
-Ela poderia ter tapado seu nariz.
-Eu já não estava conseguindo respirar, ela teria me matado.
-O que você achou do beijo?
-Foi muito bom.
-O que eu to dizendo seu idiota é o que você achou da atitude, quer dizer, teve algo além de querer salvar sua vida?
Paro um segundo analisando a situação. Teve? Ou ela fez aquilo exclusivamente para me salvar?
Ela não se afastou de imediato, quer dizer, ela poderia ter me beijado e se afastado depois que minha respiração regulara, certo? Mas ela não se afastara.
Mas talvez ela não tenha se afastado porque eu meio que a segurei, quer dizer, lembro claramente de segurar o rosto dela enquanto a beijava.
-SanHa? – encaro Minhyuk hyung e noto que ele está esperando uma resposta.
-Eu não sei hyung.
-Você sabe que ela meio que sente algo pelo Dongmin hyung, certo?  - Minhyuk hyung dispara. – eu ainda não vi se rolou algo, mas...
-Eu vi. – disparo. – no hotel em Jeju, o Dongmin hyung beijou ela.
-Naquela noite em que você foi buscar os biscoitos?
-Uhum.
-Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa, você estava estranho.
-Pois é.
-Você gosta dela?
-Uhm?
-Você gosta dela?
Desvio os olhos de Minhyuk hyung para encará-la, ela está em um canto conversando com a assistente do Weki Meki, Tiele.
-Acho que meio que não adianta muito porque ela visivelmente gosta do Dongmin hyung e só fez o que fez pra me ajudar.
-Sinto muito cara.
-Esquece. Enfim, eu devo falar com ela a respeito?
-Acho que vocês precisam deixar as coisas claras senão vai acabar ficando um clima estranho.
-É eu vou fazer isso. Obrigado hyung.
Thais
-O Dongmin já estava te chamando pra comemorar o comeback?
-Einh?
-Thais eu tô falando com você.
-Desculpe eu estava distraída. O que você disse?
-Perguntei se ele estava te chamando para comemorar o comback.
-Quem?
-Quem mais? Donglin.
-Ah, é acho que sim.
-Você acha? Ficou burra de repente?
-Quer levar um soco?  Só porque eu tô meio lenta não significa que eu não te dê uns tapas.
-O que foi que te deixou assim? O comeback foi tão bom assim?
-Foi. – disparo porque é a verdade. – mas não é isso.
-E o que é?
-Foi o bebê.
-Einh?
-Eu não vou falar nomes porque os nomes as pessoas entendem. – disparo e ela faz um gesto positivo com a cabeça.
-Ah entendi. O bebê de novo? O que tem ele?
-Eu beijei ele.
-O QUE?
-Shiiiuuu!
-Desculpe, mas como assim? O que? Por que? Você não estava por aí aos beijos com o príncipe? Do nada mudou?
-Eu beijei ele para ajudar no ataque que ele estava tendo.
-De onde você tira essas coisas?
-Eu vi numa série de Tv acho, enfim funcionou e ele subiu no palco.
-E você?
-Eu o que?
-Você está de boa com o que aconteceu?
Claro que não.
-Eu não sei, quer dizer, eu estou confusa.
-Você gostou de beijar ele?
-Você já viu aquela boca? Quem seria louca de não ter gostado?
-O que eu estou tentando perguntar é se você sentiu algo além de sei lá, desejo por um cara bonito com uma boca linda.
-Eu não sei, a verdade é que se o Don... o príncipe não tivesse atendido ao telefone, eu não teria conseguido me afastar dele.
-Você precisa descobrir o que sente de verdade. Tanto por ele quanto pelo príncipe, porque as coisas vão começar a ficar estranhas entre vocês três.
-É eu sei, preciso falar com o bebê ainda hoje.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 16
Thais
-Eu vim ajudar. – a voz dela faz com que eu respire fundo. Merda. Estou correndo de um lado para o outro no backstage do Music Bank enquanto os garotos se aprontam para entrar no palco.
-TIELE foi Deus que te mandou. – é o que consigo dizer enquanto carrego umas mil garrafas de água e toalhas em mãos.
-Na verdade foi o senhor Noh. – ela dispara.
-Quer me irritar? Você quer MESMO me irritar agora?
-Desculpe.
Continuo correndo, não sou a única, cabeleireiros, maquiadores e figurinistas correm tanto quanto eu.
Fico recebendo ordens e as executando de pessoas que nem ao menos conheço, mas não me importo, quero deixar tudo perfeito para que eu consiga assistir o comeback, prometi ao Ddana que o faria.
Por isso não paro. Corro de um lado para o outro. Nem sequer consigo ver os garotos, o que faço é entregar garrafas de água e toalhas atrás de garrafas de água e toalhas sem nem ao menos saber para quem os estou entregando.
-Dez minutos! – a voz faz com que eu desvie a atenção das garrafas de água para olhar ao redor. Aparentemente estão todos prontos.
-Estão todos prontos? – escuto o senhor Noh perguntar.
-Sim estamos, vamos nos reunir agora e apenas repassar o que faremos e... Onde está o maknae?
Olho ao redor. Onde está SanHa?
Merda! Merda! Merda!
-O que foi? – a voz dele faz com que eu respire fundo, SanHa se aproxima, um pequeno sorriso no rosto. – estou aqui.
Ele está lindo, simples assim. O tom escuro das roupas contrasta perfeitamente com a pele clara e os cabelos lilás.
-Ótimo. – é o que Jin Jin diz. – vem aqui!
Os seis se reúnem, eu fico encarando-os enquanto eles se abraçam e Jin Jin diz algumas palavras.
-Ok, agora é só esperar que nos chamem.
Eles se espalham, Dongmin passa por mim e me dá uma piscadela, enquanto isso SanHa senta sozinho em um sofá afastado.
-Thais. – a voz de Tiele chama a minha atenção. – Olha pro SanHa.
O encaro, ele está tremendo. MUITO.
-É comum ele tremer desse jeito?
-Não. Eu vou lá falar com ele.
Me aproximo, a me ver SanHa ergue os olhos, eles parecem desfocados.
-Ddana...
-Eu estou sem ar. –é o que ele diz.
-Vem comigo!
O puxo pelo braço e o arrasto para fora do camarim, antes de sair dou de cara com Moonbin.
-O que está havendo? – ele pergunta.
-Eu acho que o Ddana está tendo um ataque de pânico. Binnie por favor, tenta atrasar a entrada em pelo menos cinco minutos e encontra um respirador ou um enfermeiro.
Moonbin me faz um gesto positivo com a cabeça e eu saio carregando SanHa para fora do camarim.
Consigo arrastá-lo até um corredor vazio, ele treme por inteiro. As pessoas passam por nós e nos encaram, eu peço para que elas se afastem, mas algumas insistem em se aglomerar ao nosso redor.
-Merda! – falo puxando-o novamente e o arrastando até dentro de uma pequena sala.
Não é o melhor lugar para estarmos, mas pelo menos estamos sozinhos, preciso que ele desvie a atenção do que quer que seja que o está deixando nervoso e se concentre na minha voz e apenas em mim.
Eu costumava ter três ou quatro ataques de pânico por dia em uma época da minha vida, por isso sei que ele precisa respirar.
-SanHa hey olha pra mim. – chamo no instante em que o coloco sentado no chão. – olha pra mim.
Ele me encara, os olhos assustados. Percebo que ele não está conseguindo respirar, a maneira com que seu peito sobre e desce de maneira desesperada me diz que ele está com falta de ar.
-SanHa respira, eu preciso que você respire, tente regular a sua respiração, por favor olhe pra mim, tente focar em qualquer coisa menos no que está te deixando ansioso.
O comeback? O tratamento? Os remédios? O que está deixando SanHa ansioso?
-Eu-não-consigo-respirar- - ele continua tentando puxar o ar para os pulmões de forma desesperada.
Ele não pode agir assim, não pode. Se ele não se controlar, se não prender a respiração para voltar a respirar de forma normal ele acabará desmaiando. SanHa NÃO PODE DESMAIAR!
-Hey Ddana você me pediu pra ver o comeback, certo? – começo tentando focar a atenção dele em outra coisa. –  e eu estou aqui para ver, eu preciso que você se controle, eu quero te ver no palco.
Ele me encara novamente, mas a respiração não muda. Seus olhos começam a perder o foco e eu percebo o que está havendo, SanHa vai desmaiar.
-Hey Ddana não faz isso comigo. – é o que digo segurando-o ao redor dos ombros e me aproximando para encará-lo mais de perto. – hey respira!
Começo a assoprar seu rosto, mas não parece estar surtindo efeito, ele parece ainda mais desesperado.
Merda. Merda. Merda. Onde está Moonbin? Onde estão os respiradores?
Fico de pé para sair da salinha em que estamos, mas SanHa segura minha mão, seus olhos ficando a cada segundo mais desesperados.
Não posso ficar ali se não sei como ajuda-lo, mas também não posso sair e deixa-lo sozinho.
Retiro o celular do bolso e disco o primeiro número que tenho na lista de chamadas. Dongmin.
Mas antes que ele atenda SanHa puxa meu braço, apontando para a própria garganta. Ele não está respirando, não está respirando...
Jogo o celular de lado e me aproximo ainda mais, o desespero tomando conta. O que eu posso fazer? Como posso ajudá-lo?
-Hey, olha pra mim, SanHa shiu, olha pra mim.
Seguro seu rosto em frente ao meu e faço a única coisa que me vem à mente, me aproximo e o beijo.
De primeira ele respira fundo, mas em seguida corresponde ao beijo, deixando que a respiração desacelere.
Sinto ele se erguer em minha direção, as mãos enquadrando meu rosto enquanto ainda me beija.
O beijei para regular sua respiração, mas agora não consigo me afastar, por isso me deixo levar, segurando ao redor da cintura dele e o puxando ainda para mais perto.
-Lizzy? Lizzy? – a voz vinda do celular ao meu lado faz com que eu volte para a realidade.
Me afasto de SanHa e ele enfim respira, os olhos fechados enquanto solta o ar ela boca.
-Dongmin oi. – falo levando o celular ao ouvido. – ah sim, já estou levando ele, ele está bem agora. Ok, um minuto.
Desligo o celular e o encaro, SanHa tem ambos os olhos fixos em mim.
-Ddana? – chamo insegura.
-Noona?
-A gente precisa ir. – é o que consigo dizer.
-O que..?
-Eu vi em algum lugar que se você prendesse a respiração o ataque de pânico passaria e bem, quando eu te beijei, você prendeu a respiração.
Ele apenas me encara, os pequenos olhos castanhos confusos.
-Obrigado.
-Estão te esperando, a gente precisa ir.
Fico de pé e corro literalmente sala afora. Ok, o que diabos...?
-SanHa... – penso em chama-lo, mas ele passa por mim a passos determinados em direção ao camarim.
-Noona? – ele para no meio do corredor, mas não me encara. – você não vem?
Tumblr media
Respiro fundo e o sigo corredor afora tentando dessa vez regular a minha própria respiração.
3 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 15
Thais
Não consigo dormir. A verdade é que tenho medo de fechar os olhos e perder SanHa novamente. Após o tempo que ficamos no playground estou assustada. Ele não parara de chorar um segundo sequer e o desespero que ele transmitia fez com que eu também sentisse vontade de chorar.
Não sei como lidar com a situação. Quando se tem depressão as vezes você realmente não quer falar com ninguém, você quer simplesmente colocar as coisas para fora e nada além disso.
Encaro o celular e então noto que tem mais de dez chamadas não atendidas, algumas de Tiele outras de Minhyuk e então Dongmin.
Levanto da poltrona na qual estou sentada e me aproximo da cama encarando SanHa que dorme. A imagem que vejo não lembra em nada a que testemunhara mais cedo. Ele respira tranquilamente, os olhos cerrados enquanto abraça o travesseiro, Ppuppu dessa vez fora substituído por uma almofada.
Me afasto, saindo do quarto e disco o número de Dongmin, após o terceiro toque ele atende.
-Dongmin?
-Oi. – é o que ele diz.
-Desculpe não ter atendido, eu estava um pouco ocupada.
-O Maknae está com você?
A voz de Dongmin não é rude ou acusativa, ele parece preocupado.
-Está. – disparo de forma simples. – eu o encontrei no playground e o trouxe para o meu apartamento.
-Entendo.
-Dongmin?
-Uhm?
-Vocês sabem que o Ddana toma remédio?
-Uhum.
-A empresa sabe?
-Uhum.
-E ninguém faz nada a respeito?
-O que poderíamos fazer? Nós estamos tentando cuidar dele o máximo que conseguimos, acho que você já notou o quanto todos nós tentamos trata-lo de forma natural porque ele mesmo disse que se fosse para o tratarmos como se ele tivesse qualquer problema de saúde ele iria embora.
-A empresa nunca pensou em dar um break pra ele?
-A situação pioraria segundo o médico dele. O SanHa não sabe, mas temos reuniões semanais com o médico dele para sabermos a melhor forma de agir sempre.
Eu não fazia ideia daquilo, da forma com que os meninos, mesmo sem SanHa saber, cuidavam dele. As palavras de Dongmin me tocam e eu respiro fundo.
-Você acha que eu poderia ter encontros com ele também?
-Claro. – é o que ele responde. – eu vou falar com o senhor Noh e agendar encontros semanais seus com ele também, afinal parece que é pra sua casa que o maknae está fugindo quando se sente mal.
-Eu que fui buscar ele no playground, não quis deixa-lo lá.
-Eu entendo. Você quer que eu vá buscar ele aí agora?
-Ele está dormindo, eu acho melhor deixar ele assim.
-Certo. Lizzy?
-Uhum?
-Obrigado por estar cuidando do maknae.
-Eu amo o baby Ddana. – é o que respondo. – então não precisa agradecer, eu faria por qualquer um de vocês seis.
-Eu sei que sim.
-Dongmin?
-Oi?
-Me desculpe por não termos conversado direito ainda depois do que aconteceu em Jeju.
-Acho que teremos tempo pra isso, afinal nos veremos todos os dias, certo?
-Uhum.
-Lizzy?
-Uhm?
-Eu realmente quero conversar sobre o que houve em Jeju.
Por um segundo meu coração dá um salto. Ele quer conversar sobre aquela noite, o que será que ele quer dizer?
Um milhão de pensamentos atravessam minha mente, ele quer conversar, talvez me diga que foi um erro, talvez me diga que se arrependeu do que aconteceu.
Respiro fundo, não tenho razão para ficar martelando aquilo em minha mente, amanhã conversaremos.
-Certo, amanhã conversaremos. – concordo.
-Boa noite Lizzy.
-Boa noite Dongmin.
Desligo o celular e volto para dentro do quarto respirando fundo, droga, droga, droga! O que Dongmin quer me dizer?
Me aproximo da cama para conferir se SanHa ainda dorme, aparentemente sim. Puxo o lençol e o cubro, está um pouco frio, não quero que ele fique doente.
Enquanto o cubro escuto ele soltar um pequeno gemido e se aconchegar melhor entre os lençóis, abro um sorriso, ele é realmente muito fofo.
Puxo um colchão e me deito ao lado da cama, preciso dormir um pouco também, afinal amanhã preciso trabalhar cedo, o comeback será naquela noite.
No dia seguinte quando abro os olhos sinto o cheiro conhecido do perfume de neném que SanHa possui naturalmente. Sento no colchão e esfrego os olhos, onde ele está?
Me arrasto para fora do colchão e acabo me desequilibrando e indo de encontro ao chão. O que diabos? Eu não tinha dormido no colchão? Como consegui a proeza de cair da cama?
Olho ao redor e noto que o quarto está vazio, onde está SanHa e o que diabos eu estava fazendo na cama?
Me situo e sigo em direção ao banheiro, escovo os dentes, tomo um banho e me apronto para ir pro trabalho.
Ao chegar na produtora a primeira pessoa que vejo zanzando pelos corredores meio acordado e meio dormindo é MJ.
-Hey, MJ! – chamo e ele me encara, um sorriso no rosto.
-Ah Lizzy.
-Onde estão os outros?
-Não sei.
-O que você está fazendo?
-Não sei.
-Para onde está indo?
-Não sei.
Eu começo a rir, ok pior pessoa para encontrar em estado normal, imagina só sonolento?
Me dirijo para a sala de ensaios para deixar tudo pronto, no instante em que entro, acabo dando de cara com SanHa.
-Noona? – ele fala me encarando com um pequeno sorriso.
-Ddana?
-Uhm?
-Você me colocou na cama ontem?
Por um segundo ele apenas me encara, os olhos que estiveram divertidos há um segundo atrás, agora estão assustados.
-Eu... Desculpa Noona, eu acordei e te vi dormindo no colchão e bem, eu não podia te deixar lá. Você não deveria ter me deixado dormir na sua cama, deveria ter me acordado e me mandado ir embora.
Eu o encaro, segunda vez, aquela é a segunda vez que SanHa me toma nos braços de alguma forma e bem, em nenhuma das duas vezes eu estava consciente.
-Não se preocupe com isso Ddana. – falo abrindo um sorriso para que ele não se sinta mal. – você acha mesmo que eu ia mandar meu bebê embora?
-Eu não sou um bebê. – é o que ele dispara e eu o encaro firme.
SanHa não ri, seu olhar é firme, me encarando. Procuro o bebê que sou acostumada, mas não consigo encontra-lo. Ele não está mais ali.
Tumblr media
-Lizzy? – a voz vem da porta e eu desvio os olhos de SanHa para encarar Dongmin, ele tem um sorriso nos lábios. – a gente pode conversar agora?
Respiro fundo e sigo até a porta. Eu tinha até esquecido a respeito de Dongmin e da conversa sobre Jeju.
-Vem. – ele fala me puxando pelo braço e abrindo uma porta em frente a sala de ensaio. – a gente pode conversar aqui.
Entro na sala atrás dele e constato que é uma espécie de closet, as roupas do comeback estão ali.
-Nossa, vocês vão brilhar um pouco no palco hoje, certo?
Ele ri e então desvio os olhos das roupas para encará-lo, Dongmin me olha fazendo um gesto negativo com a cabeça.
-Você quer mesmo falar sobre as roupas?
-Desculpe. – é o que digo me sentindo uma idiota. – o que você quer me dizer?
Dongmin não diz nada, se aproxima e mais uma vez me beija. Eu abro um sorriso, a respiração começando a voltar ao normal, eu pensei que ele diria que o que aconteceu em Jeju tinha sido um erro, mas não, aparentemente não é isso o que ele sente.
Quando nos afastamos ele me encara, está sorrindo. Eu não posso evitar sorrir junto.
-Acho que temos mais uma coisa para conversar depois, certo? – ele dispara ainda sorrindo.
Meu celular toca e eu encaro a tela. Droga!
-O senhor Noh.
-Estou indo, estou indo. – é o que ele diz erguendo ambos os braços. – até daqui a pouco.
Ele me dá um beijo breve e segue porta afora.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 14
Thais
Quando entro no quarto estou com o coração acelerado. Aquilo aconteceu MESMO?
-Ei o que foi? Viu mais alguém sem roupa?
-Dongmin.
-Você viu o Dongmin sem roupa?
-Não, ele me beijou.
Por um instante tento processar a informação. Lee Dongmin. Cha Eunwoo ele REALMENTE me beijou?
-Isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, certo? Está na cara que ele tá afim de você.
-Eu sei. – disparo. – sim, sei que é um tanto arrogante o que digo, mas é a verdade, eu e Dongmin estivemos jogando esse jogo durante tempo demais.
-E aí? Como foi?
-Nem preciso dizer que ele beija bem, preciso?
-Pela sua cara de idiota? Não.
Eu abro um sorriso e me atiro de cara na cama, segurando o travesseiro de imediato e o abraçando.
-E aí? O que vocês vão fazer agora?
-Como assim?
-Qual é o próximo passo?
-Que passo? Pra onde?
-Thais você não acha que isso vai ficar em um beijo só e pronto, acha?
Eu não tinha pensado a respeito, quer dizer, é claro que eu queria beijar ele de novo, aquilo era mais do que óbvio, mas aconteceria novamente? E se acontecesse, o que viria depois?
-Eu não sei. – falo tentando não pensar tanto a respeito. – a verdade é que vou deixar rolar e ver no que dá, eu gosto dele, mas acho que por ele ser quem é, talvez as coisas fiquem complicadas.
-Entendo.
-Enfim, vou dormir, amanhã eu vejo se consigo pensar com mais clareza.
-Faça isso.
Fecho os olhos, mas não consigo não relembrar a cena e sorrir.
No dia seguinte na hora do café desço com Tiele e tomamos o canto afastado da mesa. No instante em que meus olhos cruzam com os de Dongmin, ele sorri e me faz um gesto positivo com a cabeça, meu estômago revira e eu só consigo sorrir de volta por um segundo antes de desviar os olhos e encarar Tiele.
-Homem lindo da porra. – ela dispara e eu rio.
-Sim ele é.
-A melhor coisa que ele fez na vida foi pintar esse cabelo de rosa...
Eu desvio o olhar dela para encarar a mesa e só então percebo que não estamos falando da mesma pessoa, Tiele está falando a respeito de Moonbin.
-Você está falando do Binnie?
-De quem mais? – ela pergunta e eu dou de ombros.
-Temos seis opções na mesa, escolha uma.
-Seis? – ela pergunta e eu faço um gesto positivo com a cabeça.
-Não é?
-O Baby Ddana já está incluso na lista de homens bonitos, é isso?
Desvio os olhos dela para encarar SanHa, ele conversa com MJ e sorri. O sorriso dele é tão inocente, tão radiante que por um instante eu esqueço do mundo e me concentro apenas nele e em nada mais.
Aparentemente atraído pelo meu olhar, ele desvia os olhos de MJ e me encara, ao fazê-lo o sorriso que ele tinha nos lábios se desfaz. Por um instante ele apenas me encara sem nada dizer ou fazer, mas então desvia o olhar e volta a sorrir em direção a MJ.
Por um segundo me sinto mal com aquilo, a maneira com que o sorriso dele se desfaz ao me encarar me deixa abalada.
-Vamos? – a voz de Tiele faz com que eu a encare.
-Oi?
-Preparar as coisas, os fotógrafos e maquiadores já chegaram.
-Certo.
Sigo com ela para a ala externa na qual as fotos serão tiradas, aprontamos ventiladores, água, comida, toalhas e mais um monte de coisas. Quando as duas bandas enfim aparecem, já está tudo organizado.
Eles estão deslumbrantes, não tem como negar. Por um segundo apenas encaro os seis e deixo que um sorriso escape. São lindos, os seis.
A forma com que sorriem e parecem estar se divertindo com o photoshoot me deixa feliz.
Por mais que eu queira ficar a tarde toda observando-os sei que não posso, afinal preciso organizar o cenário interno.
Sigo com a equipe de produção para organizar as flores e as mesas na estufa do hotel. Quando está tudo pronto enfim posso respirar, agora é só esperar que eles apareçam.
E eles aparecem, de um por um as fotos são tiradas. Entre brincadeiras e piadas, os seis se revezam no cenário.
Sou dispensada no momento em que o último membro entra para fotografar. SanHa.
Ele passa por mim e segue direto ao local em que o mandam sentar. Sei que preciso ir embora, mas meu olhar é atraído pela cena que se desenrola a minha frente.
SanHa senta em uma cadeira e se debruça na mesa para os primeiros cliques, eu decido que é melhor eu ir embora, afinal minha presença está sendo requisitada em outro lugar, mas antes que eu saia ainda o encaro uma última vez e o que vejo faz com que meu coração dê um salto.
Ele me encara, os olhos firmes, nada parecidos com os olhos travessos que sou acostumada a ver. Aqueles olhos são perigosos e me assustam.
Tumblr media
Respiro fundo desviando o olhar dele e sigo caminho. O que está havendo?
Quando as fotos terminam nós enfim recebemos a notícia de que voltaremos para Seul, ótimo aquela viagem está me deixando confusa.
Quando entramos no avião, fecho os olhos de imediato e finjo que estou dormindo. Não quero falar com Dongmin e muito menos com SanHa.
Quando chegamos a Seul, termino os meus afazeres no prédio da empresa e sigo para casa.
Sei que não deveria fazer o que faço, mas desligo o celular. Não quero falar com ninguém, quer dizer, estou confusa, assustada e perturbada.
Tomo um banho e me atiro na cama, quero apenas dormir e nada mais.
Quando deito acabo dando de cara com Ppuppu. É sério isso?
Pego o urso e ameaço atirá-lo do outro lado do quarto, mas não o faço, SanHa me pedira para cuidar bem dele e bem, que culpa ele tem da minha cabeça estar uma confusão?
-Ppuppu o seu dono precisa se decidir se ele vai ser o meu bebê ou se vai crescer porque esse vai de vem está me deixando louca.
É claro que o urso não responde. Eu respiro fundo e o abraço, ao fazê-lo sinto algo áspero e viro o urso para dar de cara com um pedaço de papel. O seguro entre os dedos e me esforço para ler, afinal a caligrafia não é das melhores.
“Noona eu quero que você fique com o Ppuppu para que ele te faça companhia quando você estiver sozinha, ele costumava fazer isso por mim, mas como você me disse que eu poderia vir aqui sempre que me sentisse sozinho, eu não preciso mais dele, agora eu tenho você, o Ppuppu vai ficar melhor aqui.”
Ao ler o bilhete me sinto uma imbecil. Não posso impedir que SanHa cresça, não posso querer que ele continue um bebê só porque me sinto menos nervosa com a presença dele quando o imagino assim. SanHa é um homem, não uma criança e eu não posso projetar minhas inseguranças nele, em quem ele é e força-lo a ser algo mais.
Lembro do sorriso dele quando em prometera que não iria mais caminhar a noite, que não iria mais chorar no playground e me sinto ainda pior. Ele confiara em mim, eu dissera que ele me tinha, que não precisava mais fugir até lá, que poderia ir até mim sempre que precisasse e bem, eu não estava cumprindo a promessa, eu o estava abandonando pelo simples fato de estar confusa, de ter enxergado quem ele realmente é, um homem e não uma criança.
Tumblr media
-Ppuppu. – falo enquanto seguro o urso entre os dedos. – você acha que se eu pedir desculpas pro seu dono, ele aceita?
É claro que mais uma vez o urso não respondeu.
Saio do quarto e decido ir até a produtora para falar com ele. Por um segundo me detenho na porta. E se eu acabar encontrando com Dongmin? Não estou MESMO no clima para falar com ele agora. Não o estou evitando, mas é que tenho algo diferente na cabeça agora.
Por isso ao invés de ir até a produtora saio para caminhar e no instante em que chego ao playground eu o avisto.
SanHa. Ele está lá, mais uma vez sentado no balanço, ambas as mãos cobrindo o rosto, sei que ele chora.
Dessa vez não hesito em me aproximar. Não digo nada, apenas sento no balanço ao lado dele e o escuto chorar.
A cada vez que ele soluça é como se uma faca estivesse atravessando meu coração, mas mesmo assim não me manifesto, apenas espero.
Eventualmente ele ergue os olhos e acaba dando de cara comigo. A maneira com que ele me encara ainda chorando faz com que eu tenha vontade de chorar junto, mas não o faço, ao invés disso eu abro um pequeno sorriso e lhe faço um gesto positivo com a cabeça.
Ele funga, os olhos perdidos, confusos.
Eu estendo a mão em sua direção e ele a segura, apertando os dedos com força contra os meus e recomeçando a chorar.
Ficamos ali, de mãos dadas enquanto ele chora e por algum tempo o único som que é ouvido, são os dos soluços dele.
3 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 13
Dongmin
Ela está próxima a piscina do hotel quando me aproximo. Por um segundo penso que ela está distraída, mas no minuto em que chego perto, ela ergue os olhos e me encara com um sorriso.
-Ei. – é o que ela diz.
-Ei. – respondo sem nem ao menos saber por que disse aquilo.
Sento ao seu lado, retirando os sapatos e mergulhando os pés na água.
-Thais?
-Uhm?
-Eu queria te pedir desculpas.
Por um instante ela nem sequer se move e aqueles segundos fazem com que meu coração dispare. Ela não vai dizer nada? Não vai nem ao menos perguntar a razão de eu estar me desculpando?
-Vocês pedem desculpas demais. – é o que ela diz.
-Vocês? – pergunto.
-Uhum, vocês dois, se desculpam demais e por coisas que não tem a ver com vocês.
Por alguma razão sei que ela está falando de mim e de SanHa.
-Como você sabe que não tem a ver comigo se eu ainda nem te disse a razão de estar me desculpando?
-Você vai se desculpar por não ter pulado na água atrás de mim para me salvar, certo?
Ok. É um tanto óbvio.
-Quando isso nem sequer é responsabilidade sua, você não trabalha na guarda costeira.
-O SanHa também não.
-O Ddana estava lá, me viu cair e me tirou, você não estava, não tinha como adivinhar que eu ia ser burra o suficiente para ficar de pé próxima à beira, em cima de pedras escorregadias sem sequer saber nadar.
-Entendi.
-Vocês precisam começar a relaxar. – é o que ela diz desviando os olhos da piscina e me encarando, um sorriso no rosto. – não é culpa sua se eu caí na água, não é culpa do Ddana se eu invadi o quarto dele, não é culpa de ninguém além de minha e bem, você não está vendo eu me desculpando por ter caído na água, está?
-Não.
-Porque foi um acidente, coisas assim acontecem, eu não fiz de propósito.
-entendi.
Não discuto. A verdade é que entendo mesmo o que ela quis dizer e até concordo.
-Você invadiu o quarto do Ddana?
-Você veio aqui pra falar dele?
Pow!
-Não. – respondo, ela dá de ombros.
-Já me resolvi com o SanHa, está tudo bem entre nós.
-Entendi.
-Já me resolvi com você? – ela pergunta e eu mais uma vez a encaro.
-Einh?
-Está tudo bem entre nós? – ela pergunta e eu não me movo.
Está tudo bem entre nós? Aquela é realmente uma pergunta e tanto. Não que as coisas estejam ruins, não estão, elas estão normais e bem, eu não creio que normais sejam a minha definição para estar tudo bem.
-Naquela noite na sua casa. – começo. – quando o SanHa foi embora.
-Uhm?
-Você sabe o que iria acontecer caso seu celular não tivesse tocado, certo?
Arrisco. Meu coração quase saindo pela boca.
-Sei. – ela dispara de forma simples.
-E... – respiro fundo novamente, por que é tão difícil falar com ela? – e o que você teria feito a respeito?
-Você quer saber se eu teria correspondido ao beijo ou se teria te dado um tapa?
Ela é bem direta.
-Mais ou menos isso.
-O que você acha?
-Eu não sei, você não é uma pessoa muito fácil de ler.
Agora ela ri, desviando novamente os olhos da piscina para me encarar.
-Eu teria correspondido. – ela dispara ainda com um sorriso nos lábios.
-Então você queria me beijar? – pergunto relutante, ela sorri.
-Não creio que o passado seja o tempo certo para esse verbo.
Por um instante fico sem saber como reagir, sério, ela tem esse efeito em mim.
-Acho que é melhor a gente ir dormir. – ela fala ficando de pé.
Faço um gesto positivo com a cabeça e a sigo hotel adentro. Certo, somos adultos, sou adulto, se ela disse que queria me beijar e que o tempo verbal estava errado, isso significa que ela QUER me beijar, certo? Estou confuso.
-Boa noite Dongmin. – é o que ela diz no instante em que paramos em frente a porta de seu quarto.
Eu desvio os olhos dela para encarar o corredor vazio. Reservamos dois andares do hotel, um para nós, um para as meninas do Weki Meki, como somos menos membros, o staff ficara no mesmo andar que a gente, aquilo era um alivio, eu podia dar de cara com qualquer pessoa ali, menos com alguma das garotas do Weki Meki, elas tendiam a ser um tanto possessivas.
-Boa noite. – é o que respondo.
No instante em que ela se vira para abrir a porta eu a seguro pelo braço, ela me encara, os olhos não estão confusos, mas sim surpresos.
-Dong...- antes que ela termine de falar meu nome, me aproximo e toco seus lábios com os meus.
De inicio ela se retrai, mas então sinto ela corresponder ao beijo e meu coração dá um salto. Sei que não deveria estar fazendo aquilo e principalmente no corredor de um hotel onde posso ser visto, mas naquele momento, nada disso importa.
Quando nos afastamos ela sorri.
-Acho que é melhor você ir agora. – é o que ela diz.
-É acho que sim.
Ela se vira, abrindo a porta e se enfiando rapidamente dentro do quarto, eu ainda fico ali, encarando a porta com um sorriso idiota nos lábios.
Quando me viro para seguir ao meu próprio quarto, acabo dando de cara com alguém. Conheço aquelas roupas de dormir, aquelas estrelas são inconfundíveis.
Ergo a mão para acenar em sua direção, mas ele dispara quarto adentro. Ok, o que está havendo?
SanHa
Abro a porta e me enfio dentro do quarto. Corro e de imediato me atiro em cima da cama.
-Hey! – Minhyuk hyung me chama. – o que foi?
-Nada! – falo se sentando e abrindo a lata de biscoitos que eu fora buscar na cafeteria do hotel.
-Nada e você se enfia na cama assim, comendo uma lata de biscoitos sem dividir comigo?
Não me movo, não faço menção de dar nem um biscoito sequer para Minhyuk hyung, sei que foi ele quem me pediu para ir buscar, quer dizer, pedir não é bem a palavra, me obrigou a ir buscar, mas no momento não consigo me mover.
-YOON SANHA!
Ainda não me movo, o único movimento que consigo fazer é de erguer a mão e levar biscoitos seguidos, um atrás do outro, até a boca.
Tumblr media
Sinto o tapa na cabeça e ergo os olhos para encará-lo, Minhyuk hyung me olha com cara de poucos amigos.
-O que diabos deu em você?
Não sei. Não sei a resposta, não tenho como responder. A verdade é que desde o primeiro dia em que a noona fora trabalhar com a gente eu notara que ela sentia algo pelo Dongmin hyung e que isso era recíproco, quer dizer, a maneira com que os dois se olhavam, estava na cara, certo? Eu não era o único a ver isso.
Mas a certeza, ver os dois juntos era outra coisa, eu não estava preparado pra isso.
-Ainda é sobre a Thais Noona ter te visto sem roupa? Você não disse que tinha conversado com ela a respeito e voltado a ser o Capitan Ddana?
Sim, nós tínhamos conversado a respeito, eu tinha voltado a ser o baby Ddana. Me sinto um idiota e quando dou por mim estou chutando os lençóis da cama feito uma criança fazendo birra.
-O que diabos você está fazendo?- Minhyuk hyung pergunta ficando visivelmente irritado.
Voltei a ser o capitan Ddana, voltei a ser o Capitan Ddana quando ela enfim conseguira me enxergar de outra maneira. Por um instante me sinto um imbecil completo, no começo eu continuara a agir da forma que agia perto dela porque ela dizia que eu era fofo, ser fofo, ser o capitan Ddana era o que me permitia ficar perto dela, mas depois...
Depois as coisas mudaram, depois eu não quis mais que ela me visse feito uma criança e quando isso enfim aconteceu eu surtei, pensei que ela não gostaria mais de mim caso visse que cresci, caso visse que não sou mais bebê, então me esforcei para manter as coisas como estavam, para recolocar a imagem de criança na mente dela quando na verdade eu deveria a ter varrido pra longe pra sempre.
Sou um imbecil, nada além de um imbecil.
-Hyung, toma. – falo estendendo a lata de biscoitos na direção do Minhyuk hyung. – pode comer o resto, eu não quero mais.
E antes que ele pudesse me perguntar alguma coisa, me enfio debaixo dos lençóis e fecho os olhos.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 12
Thais
Quando entro no quarto Tiele está me esperando com uma cara nada boa.
-Onde diabos você estava?
-SanHa. – é o que consigo dizer.
-O que? O que tem ele?
-Fui agradecer por ele me ter salvo.
-Ah entendi.
-E...
-E?
A cena não sai da minha mente. Meu baby SanHa...
-E ele estava sem roupa.
-O que?
Mais uma vez a cena invade minha mente. SanHa... Yoon SanHa...
-Ele estava saindo do banho e estava apenas de toalha e...
-E a imagem de bebê foi apagada da sua mente?
-Ele é um bebê, ele tem um ursinho chamado Ppuppu, ele dorme fazendo bico, ele tem medo de formigas, ele...
-Ele não é uma criança faz algum tempo já Thais, só você que ainda não tinha notado.
Eu não tinha. E não queria notar. SanHa era meu bebê e nada além disso, eu não queria colocar nenhum tipo de peso em nossa relação, tudo é muito mais fácil quando o enxergo como um neném.
-E aí? – ela pergunta e eu a encaro, Tiele tem um sorriso no rosto.
-E aí o que?
-Como ele é por baixo da roupa?
-TIELE!
-Me diz, eu estou curiosa! A barriguinha dele é fofinha igual a de um neném?
-Dá pra lavar roupa na barriga dele.
-O que? Como assim?
-Yoon SanHa de bebê, só tem a cara.
-Eu amei.
-Eu não.
Yoon SanHa
-Hey, vai vestir uma roupa. – a voz de Minhyuk hyung me desperta e só então noto que ainda estou de toalha de pé no meio do quarto.
-A Noona...
-Ela está bem.
-Eu sei. Mas...
-Mas?
-Ela veio aqui.
-O que? Ela te viu assim?
Faço um gesto positivo com a cabeça, Minhyuk hyung começa a rir.
-De toalha né? Porque se ela te visse sem...
-Hyung!
-É sério, o tamanho dessa coisa aí.
-Hyung!
Minhyuk hyung para de rir no instante em que vê como estou incomodado.
-Qual foi a reação dela?
-Ela saiu correndo.
-Como você saía toda vez que a via nos primeiros meses?
Eu o encaro, Minhyuk hyung ainda tem um sorriso no rosto.
-NÃO TEM GRAÇA HYUNG!
-Me desculpe, eu sei que você não está feliz com o que aconteceu, mas não há nada que você possa fazer a respeito no momento, certo?
-Certo.
-Enfim, sorte a sua que ela te viu de toalha e não sem ela.
-HYUNG!
Minhyuk hyung ri mais uma vez e segue em direção ao banheiro. Eu me visto ainda com a imagem do rosto da Noona na cabeça. Ela pareceu bem abalada a me ver. E se ela não quisesse mais falar comigo? Se ela começasse a me ignorar depois disso? Se ela jogasse o PpuPpu fora?
Quando anoitece e todos se reúnem para jantar eu me aproximo da mesa inseguro. Olho ao redor e noto que ela não está lá. Ok, ela está me evitando? Não me admiraria, eu também me evitaria caso estivesse no lugar dela.
-SanHa Oppa. – escuto a voz de Lucy me chamar e me viro para encará-la, ela está de pé com um sorriso no rosto.
-Ah oi Lucy. – é o que digo.
-Você pode sentar aqui, tem uma cadeira do meu lado.
Olho ao redor da mesa e noto que a assistente do Weki Meki está sentada em uma cadeira afastada, ao lado dela tem duas cadeiras vazias, sei que Thais Noona quando aparecer sentará ao lado dela, caso eu sente na cadeira restante, ela sentará ao meu lado.
-Oppa!
Desperto do meu devaneio momentâneo e me aproximo de Lucy, é melhor sentar ao lado dela.
Quando me sento ela começa a falar sobre coisas variadas, o comeback da banda, os dias dela no dormitório com as outras integrantes e mais um monte de coisas, enfim só escuto as primeiras frases porque não consigo me concentrar em nada além do fato de que a Noona ainda não apareceu para o café.
-Ya! – chamo a atenção de Dongmin hyung, e recebo um chute por baixo da mesa na mesma hora. – desculpe, hyung a Thais Noona...
Antes que eu termine de perguntar a vejo entrar no restaurante, no instante em que ela se aproxima da mesa eu fico de pé em um gesto involuntário, todos é claro, olham pra mim.
-Oppa? – ainda escuto Lucy chamar, mas não me importo.
Noona me encara. Me olhando fixamente sem nem ao menos piscar, por um segundo me pego pensando o que se passa na cabeça dela, estou assustado, estou com medo de que depois do que aconteceu, ela não fale mais comigo.
Ela faz um gesto positivo com a cabeça e senta ao lado da assistente do Weki Meki, ao perceber que sou o único de pé, também me sento.
Thais
-O que aconteceu? – Tiele pergunta ao notar a atitude de SanHa.
-Acho que ele está se sentindo um pouco mal com o que eu vi.
-E você? Está se sentindo mal?
-Uhum.
-Sério?
-Seria uma mentira deslavada caso eu dissesse que o que vi não me incomodou. Quer dizer, não por ter sido algo ruim, porque não foi, a verdade é que ele... – falo tentando não citar o nome, afinal todos na mesa entenderiam e não estou afim de dar explicações. – ele é uma visão e eu fiquei abalada com isso, me surpreendeu.
-De uma forma boa?
-De uma forma diferente. Eu não vejo ele como um homem, nunca consegui ver.
-Até hoje?
-Até hoje. – concordo.
-E qual é o problema nisso? Ele já não é mais criança faz algum tempo e bem, acho que você era a única pessoa que o via assim.
-Ele é o meu neném.
-Tem certeza?
Desvio o olhar dela para encará-lo, SanHa me olha, os pequenos olhos castanhos ansiosos.
-Preciso ter.
Quando o jantar termina sigo até o bar do hotel, quero tomar uma cerveja e tentar me concentrar em qualquer coisa que não seja a imagem de SanHa de toalha.
-Noona? – a voz dele faz com que eu erga os olhos, ele está parado ao lado da mesa me encarando visivelmente inseguro.
-Ah Yoon SanHa. – é o que consigo dizer.
-Yoon? SanHa? – ele pergunta e em seguida abre um sorriso triste. – é assim que você me chama agora?
-Não Ddana desculpe. – falo me sentindo uma idiota, ele não tem culpa de como o que vi está mexendo com a minha cabeça, ele salvara a minha vida, ele é um adulto com um corpo incrível, eu não devo trata-lo mal ou diferente só porque a imagem que eu tenho dele está confusa em minha mente.
-Eu? Eu posso sentar?
Faço um gesto positivo com a cabeça e ele senta de frente a mim, os pequenos olhos castanhos vidrados nos meus.
-Noona?
-Uhm?
-Eu queria me desculpar por mais cedo, quer dizer, eu não sabia que era você e por algum tempo eu nem ao menos notei como estava vestido, quer dizer, como NÃO estava vestido.
-Ddana?
-Uhm?
-Não se preocupe, eu não deveria ter entrado no seu quarto como entrei, a culpa disso tudo é minha e de ninguém mais.
-Noona?
-Uhm?
-Isso vai mudar alguma coisa entre a gente?
-Como assim?
-Não sei, você, a gente, quer dizer...
-Ddana. – o interrompo e ele ergue os olhos para me encarar, está visivelmente inseguro. – nada NUNCA vai mudar as coisas entre a gente, ok? Você é e sempre será o meu bebê.
Ele respira fundo e abre um sorriso.
-Claro que sempre serei. – ele fala abrindo um largo sorriso.
-Agora vá dormir! – disparo e o sorriso que ele tem nos lábios se dissipa e ele me encara.
Tumblr media
-Nossa que grossa.
-Olha quem fala.
Ele ri.
-Vá dormir, amanhã as fotos começam cedo.
-Sim senhora!
-Senhora é a senhora sua mãe sua criança abusada!
Ele ri novamente.
-Tá certo. Ah e Noona?
-Uhm?
Ele reluta por um segundo, mas então abre um sorriso fazendo gestos negativos com as mãos.
-Nada não, te vejo amanhã. Boa noite.
-Boa noite Ddana.
Quando ele se afasta eu consigo respirar aliviada, ele está de volta.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 11
Thais
No dia seguinte quando entro no avião noto que as garotas do Weki Meki em peso usam óculos escuros e parecem mais do que aborrecidas, em compensação o Astro, bem, o Astro é o Astro.
-Ok SanHa tem o direito de falar informalmente com todos aqui por cinco minutos. – Mj fala e só então eu vejo que eles estão jogando.
-Ok MJya!
-Comigo não! – MJ fala acertando SanHa com um chute o que faz com que o Maknae comece a rir de imediato.
-Dongminah. – ele começa e eu vejo Dongmin o encarar firme. – você está bem?
-Sim SanHa, eu estou bem.
-Não fala comigo assim. – SanHa fala de repente. – SanHa hyung!
-Ok SanHa hyung.
-Binnie Hyung. – SanHa começa e MJ o encara.
-Do que você chamou o Binnie?
-Binnie hyung.
-Por que não tirou o hyung?
-Porque eu tenho medo do Binnie hyung.
Todos começam a rir de imediato, Jinwoo pega uma garrafa de água e atira em SanHa.
-Você deveria ter medo de mim!
-Jinwoonie? Você já viu o quanto você mede? – SanHa dispara. – ninguém tem medo de você.
-Você tem medo de formigas! – Disparo e SanHa me encara, um sorriso travesso nos lábios.
-Pra você ver Thais que o Jinwoonie não assusta ninguém.
Thais. Desde que nos conhecemos aquela é a primeira vez que SanHa me chama pelo nome e de certa forma é um pouco estranho.
-Ok acabou a palhaçada. – Jinwoo corta o clima. – acabou o tempo dele.
SanHa dá de ombros.
-Ok Jinwoonie.
E na velocidade da luz, ele leva um soco.
Paro para olhar ao redor e consigo ver as mudanças, quer dizer, pelo menos algumas. Como o esperado Dongmin não mudara a cor do cabelo, está castanho natural como estivera desde que o conheço. Já Jinwoo tem uma coloração alaranjada, meio puxada para o salmão, Binnie também pintara o dele de um rosa chiclete que sinceramente só ficaria bem em alguém como ele, MJ está loiro meio acinzentado e Minhyuk agora possui um tom marrom nos cabelos.
Só SanHa que não consigo ver, afinal ele ainda usa aquele gorro irritante na cabeça.
-Qual a cor do seu cabelo? – pergunto sentando ao lado dele, ele ri.
-Verde-limão. – ele responde em meio ao sorriso.
-Ddana!
-O que é? É verde limão mesmo eu juro!
Desde que começara a trabalhar com o astro que eu vira três cores de cabelo distintas em SanHa, a primeira, o loiro meio acobreado com cachos, em seguida o loiro muito claro com algumas luzes rosa bem discretas e então o castanho natural, de todos os membros do Astro, ele era o que se importava menos em mudar a cor dos cabelos.
-Ok não é verde-limão. – ele dispara. – é amarelo fosforescente!
Decido não continuar com aquilo, por isso me afasto dele e vou sentar ao lado de Tiele.
-Nada da cor do cabelo do SanHa?
-Não, ele disse que é amarelo fosforescente ou verde-limão e o mais estranho disso tudo é que eu não duvido que seja um dos dois.
Quando chegamos a Jeju nos reunimos para o almoço com os fotógrafos e pessoas assim. Eu e Tiele somos excluídas completamente de tudo o que já era de se esperar, por isso vamos caminhar pela praia, afinal as fotos só se darão no dia seguinte e nós só seremos necessárias para segurar toalhas e garrafas durante o ensaio.
Enquanto caminhamos conversamos a respeito de tudo, de como odiamos as garotas do Weki Meki, de como é doido duas brasileiras terem se encontrado em uma empresa grande como a Fantasio, falamos sobre nossos planos para o futuro e acabamos não vendo o tempo passar, só me ligo que está tarde quando minha barriga começa a roncar.
-Acha que teremos direito a pelo menos comida? – ela pergunta e eu dou de ombros.
-Se não tivermos eu trouxe biscoito na mochila.
Seguimos em direção ao hotel e notamos que todos já almoçam. O Senhor Noh nos chama para almoçar com eles e eu e Tiele assumimos a ponta da mesa, infelizmente longe do Astro e perto do Weki Meki.
-Por que elas estão aqui? – Lua pergunta e eu ergo os olhos do meu prato para encará-la. Ela não está falando de nós duas está?
-Acho que elas precisam almoçar. – Sei fala com um sorriso de deboche. – afinal como catarão nosso lixo caso não comam?
Ok, aquilo é demais. Fico de pé sem nada dizer, Tiele me encara segurando meu braço.
-Pra onde você vai?
-Vou sair daqui. – falo simplesmente. – você trabalha com elas, eu não, não sou obrigada a ficar ouvindo essas merdas. Na verdade nem você.
-É meu trabalho.
-Então boa sorte com ele.
Sigo restaurante afora sem nem ao menos olhar para trás. Bando de garotas imbecil, aquilo é sério? Elas pensam que são quem para tratar as pessoas daquela forma?
Caminho pela praia e quando dou por mim estou em cima de uma pedra enorme. Respiro fundo encarando o oceano abaixo de mim. Não parece ser fundo e não tem pedras, vejo a placa que indica que pessoas costumam pular dali e me odeio por não saber nadar.
Fecho os olhos por alguns momentos e respiro fundo, é melhor sair daquele lugar, com a sorte que tenho vou acabar caindo e morrendo afogada.
Me viro para seguir caminho, mas acabo pisando em uma pedra escorregadia e quando dou por mim estou caindo.
Não consigo raciocinar após sentir a pancada da água em minhas costas. A maré me empurra para cima e para baixo, engulo água e sinto o ar escapar de meus pulmões. Aquilo não parecia raso? Por que não consigo tocar o chão? Me impulsiono para cima e consigo tomar uma lufada de ar enquanto sacudo ambas as mãos, por alguma razão sei que não há nada que eu possa fazer, sei que aquele é o fim e me conformo com isso.
Não me levam a mal, não é que eu não goste da minha vida, mas me sinto como se caso eu morrer, ninguém vai sentir muito a minha falta, talvez a Tiele e meus pais chorem durante algum tempo, mas depois deles ninguém em especial. É como se minha vida se resumisse a essas três pessoas e só a elas.
Respiro uma ultima vez e fecho os olhos me deixando afundar, sinto uma pressão enorme em minha cabeça e meus pulmões ameaçam explodir, por isso paro de me esforçar para não inalar água e o faço, preciso fazer com que a dor e a pressão desapareçam.
Acordo por uma pressão enorme no peito, sinto vontade de vomitar e quando o faço percebo que cuspo água salgada, demoro um pouco para entender a cena que se desenrola ao meu redor. Abro os olhos lentamente e vejo Tiele aos prantos, junto dela um monte de pessoas que não conheço, mas que estão completamente vestidas de vermelho. O que...?
-Senhorita quantos dedos tenho aqui? – um dos homens de vermelho me pergunta e eu o encaro.
-Einh?
-Quantos dedos?
Eu olho para sua mão.
-Dois. – respondo.
-Certo, ela está bem, foi só um susto.
Ele me ajuda a ficar de pé e quando o faço noto que estão todos lá, o senhor Noh e todos os meninos do Astro, quer dizer, todos menos um.
-O que aconteceu? – pergunto olhando Tiele que enxuga o rosto.
-Parece que você caiu na água, o SanHa disse que te viu cair e...
SanHa? Onde ele está? É o único que não consigo ver.
-Você está bem? – Dongmin pergunta se aproximando e segurando minhas mãos. Eu o encaro, sim estou bem, mas estou confusa.
-Eu estou, eu...
Então antes que eu possa pensar ele me abraça, me tomando nos braços de forma desesperada.
-Eu pensei que ia te perder. – é o que ele diz enquanto ainda me abraça.
-Desculpe. – é o que consigo dizer.
Quando ele se afasta vejo que todos os olhares estão em cima de nós dois, mas não me importo.
-Onde está o SanHa? – pergunto.
-O que?
-SanHa! Yoon SanHa cadê ele?
-Ele foi tomar um banho, depois que ele te tirou da água e a guarda costeira disse que ele não podia fazer mais nada, o senhor Noh o mandou ir tomar um banho e...
Antes que Tiele termine de falar, eu disparo praia afora, correndo em direção ao hotel.
Ao chegar ao saguão repasso em minha mente. Eu que fiz a merda das reservas, qual é o quarto dele?
-156. – falo para mim mesma me enfiando dentro do elevador sem me importar com as reclamações das pessoas.
Ao chegar em frente a porta começo a bater de forma incessante. Onde ele está? Por que não atende?
-Senhorita? – a camareira me encara ao ver o estado em que me encontro. – posso ajudar?
-Eu esqueci o cartão lá dentro. – minto. – e meu colega de quarto não abre a porta, eu estou suja e com frio, queria tomar um banho se a senhora puder me ajudar.
Ela me encara por um segundo e então dá de ombros, aproximando o cartão que tem no pescoço do leitor eletrônico, a porta se abre de imediato.
-Obrigada. – agradeço.
Quando empurro a porta olho ao redor. Aquele é o quarto certo, consigo reconhecer pelo cheiro de neném, ele carrega esse cheiro para todos os lugares?
Mas ele não está lá? Onde ele está? Se ele se machucou por minha causa eu...
-Minhyuk hyung? – a voz dele faz meu coração dar um salto e eu abro um sorriso, ele está bem.
Vejo o instante em que ele sai do banheiro e adentra o quarto e por um segundo fico ali sem saber como reagir.
Ele faz o mesmo, os olhos castanhos fixos em mim enquanto parece ter dificuldade para entender a cena que se desenrola a sua frente.
Tumblr media
Ele está saindo do banho. Os cabelos, que agora vejo estarem lilás, estão molhados, e ele não veste nada além de uma toalha ao redor da cintura.
Por algum tempo me pego procurando o garotinho que estivera no meu quarto mordendo a orelha de um urso de pelúcia chamado Ppuppu, mas não o encontro. O cara que está de frente a mim tem os olhos desafiadores, os músculos do corpo perfeitamente definidos e os lábios vermelhos e entreabertos de forma perigosa.
-Noona? –ele me chama e então eu faço um gesto negativo com a cabeça espantando a cena que acabara de ver.
Ddana! Ele é o baby Ddana e nada além disso.
-Eu, eu vim pra ver se você estava bem. – é o que consigo dizer.
Ok aquela foi a pior frase de todas porque eu que tinha me afogado, por que diabos ELE não estaria bem?
-Eu estou. – ele responde ainda sem se dar conta de como está vestido ou de como NÃO está vestido. – você?
-Me disseram que foi você quem me tirou da água.
Foco nos olhos dele, olhe para o rosto dele. Me forço a manter os olhos fixos no rosto infantil, mas mesmo assim não consigo encontrar o baby Ddana ali.
-Sim fui eu.
-Obrigada. – é o que consigo dizer.
-Não foi por nada Noona, eu te vi caindo e não pensei muito antes de pular atrás de você.
-Uhum, obrigada! – é o que digo lhe virando as costas de imediato e disparando porta afora.
Fecho a porta atrás de mim e por um segundo me sinto uma idiota. Por que diabos eu fugi daquela maneira?
-AHHHHHH EU TÔ SEM ROUPAAAAAA!!!!  A NOONA ME VIU SEM ROUPAAAAAA!!!!!!! – o grito dele faz com que a realidade se interponha e quando dou por mim estou rindo feito uma idiota.
Yoon SanHa. Meu baby Ddana.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 10
Yoon SanHa.
-Hyung? – chamo no instante em que Minhyuk hyung e Moonbin hyung nos dão cinco minutos de intervalo.
-Ah oi Ddana. – Dongmin hyung fala me encarando com um sorriso. – o que foi?
-Me desculpe.
-Pelo que?
-Por ontem. Eu atrapalhei a sua noite, não atrapalhei?
-Atrapalhou, duas vezes.
Fico sem saber o que dizer, mas Dongmin hyung sorri.
Tumblr media
-Não tem problema SanHa, eu sei que você não atrapalhou de propósito, certo?
Não claro que não. Não atrapalhei de propósito. Quer dizer, eu tinha chegado lá antes dele e não sabia que ele iria e depois... Depois eu só não queria voltar para casa.
-Ddana?
-Certo. – respondo. – não foi de propósito.
-Ok então, está tudo certo.
-Tá tudo certo. – repito para mim mesmo enquanto me afasto dele e volto para o meu lugar no ensaio, já que Moonbin hyung já está gritando com todo mundo.
Thais
-Fale!
-O que?
-Me fale o que aconteceu ontem!
Eu a encaro, Tiele tem aquele sorriso estranho nos lábios.
-Você está vivendo através de mim de novo?
-Tô! Se eu tenho que aguentar aquelas nojentas é pra nos intervalos poder te perguntar sobre os seis gatos com quem você trabalha.
-Ok, o que você quer saber?
-Primeiro de tudo, que coreografia é aquela? Minha filha eu quase tive um enfarte quando vi.
-Qual?
-A do comeback qual mais?
-Eu nunca vi.
-O que?
-Eu não vi a coreografia do comeback.
-Por que não?
-O Ddana não deixou.
-Ddana?
-SanHa.
-Por que?
-Não sei.
Ela para um segundo analisando depois dá de ombros.
-Ele me disse que o Binnie estava colocando ele para ensaiar bastante. – continuo. – acho que ele não está seguro com a coreografia ainda, mas ele me disse que queria que eu visse ela só no dia do comeback.
-O SanHa não está seguro? Ele está perfeito na coreografia, na verdade eu quase não consegui desviar os olhos dele.
-Einh?
-O jeito que ele parece ter a cintura meio solta sei lá, o que eu posso te dizer é que essa coreografia está mais do que sexy.
Eu começo a rir, Tiele me encara.
-O que foi?
-Baby Ddana ppuppu sexy?
-Baby Ddana o que?
-Esquece.
-Você deveria ver é só o que eu te digo, eu realmente não consegui desviar os olhos dele e é porque você sabe que eu só tenho olhos para o Binnie.
-Sei, ah se sei.
-Enfim, as meninas do Weki Meki foram ao cabeleireiro mudar os cabelos para as fotos em Jeju, os meninos também vão?
-Uhum, mas eu não sei como ficarão.
-Será que o Cha Eunwoo muda alguma coisa dessa vez? Ele nunca muda nada.
-Isso é verdade, mas ele não precisa mudar, precisa?
-Não.
Nós duas rimos.
-Enfim, você já sabe se vai pra Jeju também?
-Vou, você vai?
-Uhum, e to muito empolgada porque sempre quis conhecer a ilha, desde que assisti boys over flowers.
-Breeega!
-Teu cu!
Naquela tarde sou informada que não preciso ir com os garotos até o cabeleireiro o que me deixa bem aliviada. Partiremos no dia seguinte para Jeju e ainda não arrumei nada.
Sigo para casa e arrumo uma pequena mochila, afinal só ficaremos lá por dois dias.
Quando termino tomo um banho e volto a ler meu livro, ao encarar a cama dou de cara com Ppuppu e lembro que não o devolvi.
-Merda!
Fico de pé para pegar o celular e mandar uma mensagem para SanHa dizendo que levarei Ppuppu para Jeju e que lhe entregarei lá, mas antes que eu o faça escuto a campainha tocar.
Ok. Qual dos dois?
Sigo até a porta e a abro para dar de cara com SanHa. Ele mais uma vez usa pijamas, mas agora tem um gorro na cabeça escondendo os cabelos.
-Nova cor? – pergunto e ele faz um gesto positivo com a cabeça. – posso ver?
-Não. – ele dispara com um sorriso maldoso no rosto. – só amanhã nas fotos.
-Ddana!
-O que? Por que você sempre quer ver tudo antes?
-Por que você nunca quer me mostrar nada?
-Eu quero te mostrar muitas coisas. – ele fala dando de ombros. – mas meu cabelo e a coreografia do comeback não fazem parte delas.
-E o que você quer me mostrar então? – pergunto e ele dá de ombros.
-O quanto eu sou rápido!
Então ele corre casa adentro, eu fico sem saber o que fazer, por isso não faço nada, alguns segundos depois ele aparece, mas está com as mãos vazias.
-Onde está o Ppuppu? – pergunto e ele dá de ombros.
-Ele estava dormindo então resolvi não acordá-lo, acho que ele gosta daqui. Seu quarto cheira melhor do que o meu com o chulé dos pés suados do Minhyuk hyung.
-Mas e se você ficar com saudades dele?
-Eu venho visitar, posso?
-Claro que sim.
-Então está bem. Até amanhã Noona.
-Até amanhã Ddana e nada de caminhadas ou dormir nos corredores.
-Tá certo, hoje o Minhyuk hyung me deixou jogar.
-Sério?
-Uhum, nós fizemos uma aposta.
-Qual?
-Quantos minutos vai levar para o Dongmin hyung invadir o quarto gritando: YA! YOON SANHA! CALE A BOCA!
Eu começo a rir porque além de encenar, SanHa ainda grita e isso faz com que algumas pessoas saiam no corredor para saber o que diabos está acontecendo.
-Acho que encenar foi uma idéia idiota.
-Também acho.
-Ok então, estou indo agora. – ele fala com um sorriso acenando em minha direção. – Babay.
-Babay.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 9
Thais
Abro a porta do apartamento e quando dou o primeiro passo para sair a cena que vejo me faz parar de imediato. É ele. SanHa está sentado no corredor, as costas encostadas na parede e ele abraça os joelhos. Ok, o que ele está fazendo?
Me aproximo pé ante pé e vejo que ele dorme. Desvio os olhos dele para encarar Dongmin que faz um gesto negativo com a cabeça.
-Ddana? – chamo me aproximando e me ajoelhando ao lado dele. – Ddana?
Ele abre os olhos e me encara, por um segundo parece não saber onde está, mas então ele se situa soltando os joelhos e me olhando.
-Noona?
-O que você está fazendo? – pergunto.
-Eu não fui caminhar. –ele fala simplesmente. – mas também não consegui voltar ao dormitório então...
-Ddana. – começo, mas ele abre um sorriso fraco.
-Eu cumpri a promessa, não fui caminhar, certo?
-Certo.
-Como você soube que eu estava aqui?
-O senhor Noh ligou dizendo que o Minhyuk disse que você não apareceu para dormir.
-Aquele hyung é fofoqueiro.
-Ele só estava preocupado com você.
-Uhum.
-Ddana? – Dongmin se aproxima e SanHa fica de pé em um salto.
-Ah Hyung!
-Vamos para o dormitório agora, certo?
-Uhum.
-Você quer que eu vá buscar o Ppuppu? – pergunto e ele faz um gesto negativo com a cabeça.
-Não, pode ficar com ele essa noite, amanhã você me devolve.
-Certo.
-Cuida bem dele.
-Eu vou cuidar.
-Obrigado.
-Então vamos? – Dongmin pergunta e SanHa faz um gesto positivo com a cabeça. – até amanhã Thais.
-Até amanhã Dongmin. Tchau Ddana.
-Tchau noona. – ele dispara com um pequeno sorriso no rosto. – até amanhã.
Quando entro em casa, limpo a cozinha, tomo um banho e sigo até o quarto. O que teria acontecido caso meu celular não tivesse tocado? Ok eu não era criança, eu sabia muito bem o que teria acontecido.
Me atiro de costas na cama e acabo dando de cara com o Ppuppu. Por um segundo deixo que um sorriso escape por meus lábios, Ppuppu. Por que será que aquele nome é tão a cara do SanHa?
Abraço o urso e mais uma vez abro um sorriso, o perfume novamente, aquele cheiro de neném que é tão característico daquele maknae.
Lembro da cena do corredor e meu coração dói. Será que eu não conseguirei ajuda-lo? Será que a situação dele apenas piorará? Estou pronta para ver aquela criança sofrendo daquela maneira?
No dia seguinte quando entro para organizar a sala de ensaios acabo dando de cara com Jinwoo, ele está sentado em um canto, visivelmente imerso em pensamentos.
-Ah Jin Jin eu não sabia que você estava aqui.
-Eu posso te perguntar uma coisa? – ele fala me encarando.
-Claro.
-Você sabe o que está acontecendo com Dongmin e SanHa?
-Com o Dongmin?
-Ele chegou tarde pra dormir ontem.
-Ele estava na minha casa, desculpe.
-Entendi. E o SanHa?
-Estava lá também.
-Então você está me dizendo que os dois chegaram tarde porque estavam na SUA casa?
Ok, por um segundo me sinto mal, Jinwoo tem todo o direito do mundo de ficar irritado comigo, afinal eles têm um comeback se aproximando e bem, eu meio que sequestrei dois dos integrantes da banda.
-Olha Jin Jin eu...
Ele respira profundamente e eu noto que ele sorri.
Tumblr media
-Você não está bravo?
-Por que eu estaria?
-Porque vocês têm um comeback e eu meio que sequestrei dois membros da banda?
-Ah é verdade, eu deveria MESMO estar bravo com você! – ele fala forçando um tom de raiva, mas em seguida começa a rir. – eu só estou feliz por eles estarem bem, eu fiquei preocupado e pensei que pudesse estar acontecendo algo com eles.
Odeio esconder as coisas de Jinwoo, mas realmente não posso falar, quem tem que falar a respeito dos problemas que está enfrentando é SanHa e ninguém além dele tem esse direito.
-Mas não faça mais isso. – ele fala sorrindo. – deixe para sequestrar os membros depois do comeback, quem sabe eu até deixe você ME sequestrar.
-Adorei a ideia. – falo com um sorriso e na verdade adorei MESMO, gosto de Jinwoo, ele tem uma energia ótima e é uma pessoa extremamente doce e confiável, além de ser um gato claro.
-O que as duas moças já estão tricotando aí? – sinto o braço ao redor do meu ombro e não preciso nem olhar para saber quem é.
-A Thais estava me dizendo que depois do comeback ela vai sequestrar a gente.
-Ah eu adorei a ideia. Vai me levar também?
-É claro que sim.
Não sou louca de excluir Moonbin do que quer que seja, aquele homem é simplesmente uma visão.
-Ótimo, estou dentro! Mas tenho algumas condições.
-Que seriam?
-Se você vai sequestrar a nós dois, nada mais justo do que levar mais alguém, certo? Números pares são mais divertidos...
-Se você está falando da Tiele...
-Por que estaria?
-Sinico!
-Um pouco talvez, mas do mesmo jeito, estou dentro!
-Do que? – Minhyuk pergunta aparecendo na porta seguido por SanHa.
-Do sequestro. – Jinwoo dispara.
-Sequestro? Quem foi sequestrado?
-Nós que seremos. – Moonbin responde.
-Por quem? Sai pra lá eu não vou ser sequestrado por ninguém não.
-Pela Thais. – Jinwoo responde com um sorriso, Minhyuk me encara e enfim se desarma.
-Ah se for assim eu vou. – ele fala me dando uma piscadela.
-Pra onde? – é a vez de MJ perguntar e todo mundo faz som de descaso.
-Pra lugar nenhum, você não está convidado hyung! – SanHa dispara.
Eu o encaro, aquela criança é mesmo muito irritante.
-Eu esqueci o Ppuppu. – falo no instante em que passo por ele para sair da sala. – desculpe.
-Sem problemas, eu posso pegar depois.
-Você está bem?
-Claro que não. – ele dispara e eu o encaro nervosa, o coração dando um salto. – quem ficaria bem com O MJ HYUNG PEIDANDO DESSA FORMA? HYUNG!
Todo mundo começa a resmungar de imediato enquanto MJ ri.
-FOGE THAIS. – Moonbin grita. – SALVE SUA VIDA!
Eu obedeço seguindo sala afora, acabo esbarrando em alguém.
-Ei, o que foi? – Dongmin.
A forma com que ele me segura me encarando de perto com aquele sorriso perfeito faz com que eu fique muda por alguns segundos.
-Thais?
-O MJ. – falo enfim conseguindo voltar a pensar e me desvencilhar dos braços dele. – acho melhor você não entrar na sala agora.
-É sério? O MJ hyung começou cedo hoje.
-Pois é.
-Obrigado por avisar.
-Sem problemas. Até mais.
Disparo literalmente correndo corredor afora, não posso vacilar e deixar que alguma das fofoqueiras do Weki Meki me veja com Dongmin.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 8
Lee Dongmin
Não vou dizer que não estranhei o fato de SanHa estar lá. Quer dizer, eu fora até lá para jantar com ela e acabei esbarrando nele.
Sei que o sentimento que ela tem por ele é de mãe, de uma irmã mais velha que quer apenas cuidar dele e mais nada, mas e ele? Não sei o que SanHa sente, ele é um mistério para mim.
Enquanto comemos eu posso notar a maneira com que ela não devia os olhos dele. É como se estivesse procurando algo, como se achasse que sei lá, ele ia ter um ataque de qualquer coisa a qualquer momento.
-Estava tudo muito bom hyung. – SanHa começa me encarando. – mas, eu preciso ir agora, posso levantar?
Faço um gesto positivo com a cabeça, ele olha de mim para Thais.
-Posso?
-Claro que pode Ddana.
SanHa fica de pé e segue em direção a porta, Thais o segue de perto.
-Noona você guarda o Ppuppu? – escuto ele perguntar.
-Claro, ele ficou na minha cama?
-Uhum, você pode dormir com ele se quiser, ele é uma boa companhia.
-Tá certo, vou pensar a respeito.
-A gente se vê amanhã?
-Uhum, agora vá dormir, nada de jogar e nem de sair para caminhar, ok?
-Ok.
-Promete? – ela pergunta estendendo o dedo mindinho em direção a ele, SanHa abre um sorriso e entrelaça o próprio dedo ao dela.
-Prometo.
-Ok então, até amanhã.
-TCHAU HYUNG! – ele grita acenando em minha direção e desaparece porta afora.
Thais faz um gesto negativo com a cabeça e fecha a porta atrás de si caminhando de volta a mesa.
-O Maknae está com problemas?
-Dongmin acho melhor você conversar com ele a respeito disso, sinceramente não me sinto no direito de te contar as coisas que ele me contou.
-Entendo. Bom eu acho que meio que o clima do jantar ficou estranho agora.
Ela dá de ombros com um sorriso.
-Desculpe por ter estragado tudo.
-Você não estragou nada, eu que deveria ter avisado que viria certo?
-Talvez.
Abro um sorriso, ela sorri junto.
-Te incomodou eu ter vindo?
-Não. – ela responde de forma simples. – acho que te ver fora da produtora te torna mais sei lá, humano?
-Então quando estou na produtora não sou humano?
-Acho que Cha Eunwoo não é, Lee Dongmin me parece menos utópico.
-Como assim?
-Não sei, acho que talvez toda a aura que rodeia Cha Eunwoo, todas as pessoas desmaiando toda vez que ele sorri, talvez isso seja um pouco intimidante.
Faço um gesto positivo com a cabeça, sei do que ela está falando.
-Mas Lee Dongmin aqui sentado na minha cozinha, vestindo moletom e com molho de frango no rosto me parece bem menos intimidante.
-Molho? – pergunto e ela faz um gesto positivo com a cabeça. – onde?
Ela aponta o lado direito do meu rosto e eu passo a mão.
-Tirou?
-Não.
-Droga.
-Espera um segundo. – ela diz e pega um lenço de papel de cima da mesa e se debruça, limpando meu rosto em um toque suave. – pronto, está limpo agora.
-Obrigado. – agradeço e ela dá de ombros.
-Não por isso, acho que meio que limpar rosto dos meninos do astro se tornou minha especialidade.
-Como assim?
-Esquece longa história.
-Então você está com sono? – pergunto e ela faz um gesto negativo com a cabeça. – então eu poderia abrir o vinho que eu trouxe?
-Você trouxe vinho?- ela pergunta e eu dou de ombros.
-Trouxe sim, na verdade eu trouxe um que combinava com o macarrão.
-Por que não serviu no jantar?
-Porque eu não queria que o pé de cana bebesse hoje.
-SanHa?
-Uhum.
-O SanHa pode beber?
-O SanHa é adulto Thais, ele não só pode beber como gosta bastante de álcool.
-Ah, mas acho que ele não deveria beber.
-Por que não?
Ela dá de ombros e eu noto que está na hora de parar de falar do maknae.
-Posso pegar o vinho?
-Ah claro. – ela responde parecendo despertar de um transe.
Pego o vinho e ela me entrega um abridor de garrafa. Quando termino de abrir e o sirvo nas duas taças que ela pegara, seguimos até a sala e nos sentamos no sofá.
-Você tem uma coleção legal de dvds. – falo ao encarar a estante a minha frente.
-Ah é, eu sou meio old school, gosto de colecionar tralhas.
-Entendi.
Ficamos em silêncio e então eu noto que o clima está ficando estranho.
-Então, por que você não me fala um pouco de você?
-Bem eu trabalho em uma empresa chamada Fantasio com seis caras que mais parecem animais fugidos de um zoológico.
-Au!
Ela ri.
-Mas eu gosto disso, gosto deles.
-De todos eles?
-Uhum, de alguns mais do que de outros. – ela fala dando de ombros e eu não posso deixar de abrir um sorriso.
-Algum deles está por perto hoje?
-Uhum.
-Isso é bom. – é o que consigo dizer sentindo meu corpo começar a formigar. – bom, eu acho que eles gostam bastante de você também, uns mais do que os outros.
-Sério?
-Uhum.
-Algum por perto?
-Um exatamente na sua frente.
Ela me encara e então mais uma vez sinto meu estômago revirar. Por um instante nenhum de nós dois se move, ela tem os olhos fixos nos meus e eu não consigo desviar os meus dos dela.
Quando enfim crio coragem e me aproximo escuto o celular dela tocar. Ela desvia os olhos de mim para encarar o aparelho que está jogado no sofá a seu lado.
Tumblr media
-É o senhor Noh. – é o que ela diz ficando de pé e levando o celular ao ouvido. – alô senhor Noh? Oi, boa noite. O que? Yoon SanHa? Ele não está no dormitório?
Quando ela pergunta aquilo me encara, os olhos assustados.
-Não, eu não sei onde ele está, mas sim eu posso te ajudar a procurar por ele. Está certo, está bem eu irei.
Quando ela desliga o celular me encara visivelmente aflita.
-O Ddana!
-Eu ouvi.
-Eu preciso ir procurar ele, me desculpe Dongmin.
-Claro, vamos eu vou com você.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 7
Thais
Naquela noite quando enfim consigo chegar em casa estou exausta. O comeback dos garotos está se aproximando e eu preciso ficar de olho em tudo, providenciar comida, passagens de avião, afinal irão todos até a ilha de Jeju para tirar as fotos para o countdown... Ah que stress.
Deixo alguns papéis com Ravena, a assistente de Tiele e me pego invejando minha amiga, queria ter uma assistente também, trabalhar sozinha está me esgotando.
Mas consigo chegar cedo. Comi algumas besteiras no refeitório da empresa e ainda está cedo para o jantar, por isso me enfio debaixo do chuveiro e em seguida pego um livro que estou lendo há algum tempo já, quero ler um pouco antes de ir pedir comida, claro porque eu não sei cozinhar absolutamente nada além de macarrão instantâneo.
Quando estou na terceira página escuto a campainha tocar. Fico de pé e sigo até lá, ao abrir a porta deixo que um sorriso escape de imediato, não acredito na cena que vejo.
É ele. Está vestindo um pijama e tem um urso de pelúcia branco em mãos.
-Você disse que eu podia vir.
Me afasto da porta e o deixo entrar.
-O Ppuppu quis vir junto.
Eu começo a rir, não tem como não rir com ele.
-O que está fazendo?
-Eu estava lendo um pouco.
-Ah.
-Quer subir?
-Einh?
-Vai ficar parado no meio da minha sala ou vai me acompanhar até o quarto?
-Noona!
-SanHa não seja assim, vamos!
Ele me segue de perto enquanto subo as escadas, no instante em que chegamos ao meu quarto ele corre e se atira na cama, ok certo que ele é uma criança, mas é uma criança de um metro e oitenta e sete de altura, ele pode ir com mais calma, certo?
-Eu não queria ficar sozinho. – ele começa enquanto encara o teto do meu quarto abraçado ao urso de pelúcia. – e o Minhyuk hyung disse que hoje eu não podia jogar.
-Por que?
-Porque eu faço barulho quando jogo.
Eu faço um gesto positivo com a cabeça, sim eu sei bem disso.
-Você faz barulho enquanto faz qualquer coisa.
-Como assim?
-Você é uma criancinha escandalosa.
-Eu não sou nada, eu só... NOONA!
O grito dele faz com que eu o encare, SanHa acabara de saltar de cima da cama e correr em minha direção, se escondendo atrás de mim de imediato.
-O que diabos?
-Formiga! Eu não gosto de formiga, tem uma ali, em cima da cama, uma formiga.
-Eu vou tirar ela de lá, mas pra isso você precisa me soltar.
Só então SanHa parece notar que me segura ao redor dos ombros me usando como escudo humano contra a formiga.
Imagino a cena e começo a rir de imediato, deve estar no mínimo engraçado, certo? Um cara de um metro e oitenta e sete escondido atrás de um ser humano de um metro e sessenta de altura.
Ele me solta e eu sigo em direção a cama, pegando a formiga minúscula e a jogando pela janela.
-Pronto senhor escandaloso, não tem mais formigas na cama.
-Você tem certeza?
-Uhum.
-Tá certo então.
A maneira cautelosa com que ele se aproxima da cama e a analisa antes de sentar faz com que eu comece a rir de imediato.
-Noona?
-Uhum?
-Você não vai perguntar sobre o playground?
-Você quer me contar a respeito?
Eu o encaro, SanHa está sentado mordendo a orelha do urso como se estivesse analisando a possibilidade de me dizer algo.
Tumblr media
-Noona?
-Uhm?
-Olha.
Ele ergue o braço direito e eu consigo ver marcas vermelhas ali. Ok, o que está havendo?
-Ddana o que é isso?
-São os meus remédios.
-Remédios?
-Uhum.
-Que remédios?
-Os que eu tomo para depressão.
Por um segundo eu apenas o encaro sem saber o que dizer, como assim Yoon SanHa tem depressão?
-O médico os mudou recentemente e me disse que até meu organismo se acostumar eu vou ter essas marcas.
-Ddana?
-Uhm?
-Você tem depressão?
-Uhum.
-Desde quando?
-Deixa eu ver, eu entrei na Fantasio com onze anos, no Astro com treze, teve a preparação pro debut, debutei com quatorze, fiz quinze no primeiro ano de banda ainda... Desde os doze então.
-Você sofre de depressão desde os doze anos?
-Ante disso os médicos que fui diziam que eu era ansioso e hiperativo e que por isso eu me sentia do jeito que me sinto.
-E como você se sente?
-Hyper durante todo o dia, mas muito cansado no final. Quando estou sozinho e a adrenalina vai embora eu sinto como se não tivesse o que fazer e nem para onde ir.
-Por isso você vai pro playground?
-Uhum.
-E o que você faz lá?
-Eu choro. – ele dispara de forma natural ainda abraçado ao urso de pelúcia.
-SanHa...
Ele abre um sorriso fraco e me encara respirando fundo.
-Noona você já jantou? – ele pergunta para visivelmente mudar de assunto.
-Ainda não, estava pensando em pedir comida. Você já?
-Uhum.
-Não quer jantar novamente?
Ele bate palmas animado.
-De onde você quer que eu peça? – pergunto e ele coloca a mão no queixo visivelmente pensativo.
Antes que ele responda a campainha toca.
-Você não disse que ainda ia pedir? – ele pergunta intrigado.
-Sim, eu não pedi nada.
-Então quem é? Tá esperando alguém?
-Não, mas também não estava te esperando então...
-Sensato.
-Eu volto já.
-Uhum.
Quando saio do quarto preciso engolir em seco para me livrar do bolo que tomara minha garganta enquanto ouvia SanHa falar.
Desço as escadas ainda com a mente há mil, de todos os integrantes do Astro, o último que eu cogitaria sofrer de algum tipo de distúrbio como depressão era ele.
Abro a porta ainda dormente pelas coisas que ouvi, mas desperto no instante em que vejo quem está ali.
-Boa noite.
-Dong- Dongmin? – pergunto e ele dá de ombros de forma despreocupada.
-Eu mesmo. Te assustei?
-Não.
-Posso entrar?
Eu fico ali sem saber o que dizer, mas é claro que não poso deixar ele de pé no corredor, certo?
-Eu trouxe comida. – ele fala erguendo as sacolas que tem em mãos, eu faço um gesto positivo com a cabeça abrindo espaço para que ele entre.
Ele desvia de mim e segue em direção a cozinha, depositando as sacolas em cima da mesa e começando a abri-las de imediato. O cheiro da comida faz com que meu estômago revire.
-Eu imaginei que você ainda não tinha jantado.
-Não jantei.
-Que bom.
Ok, calma, o que diabos?
-NOONA POR QUE VOCÊ ESTÁ DEMORANDO? QUEM É?
Dongmin desvia os olhos de mim e encara a escada no instante em que escuta a voz de SanHa. Ok ele poderia ser um pouco menos escandaloso.
-Ddana? – ele pergunta. – o Ddana está aqui?
Tumblr media
-Uhum.
-Onde?
-No meu quarto.
-Einh?
Ok, calma, a situação está estranha. SanHa está no meu quarto sim, mas só porque ele é ele, certo? O meu neném e estávamos falando sobre o estado mental dele e... Pelo amor de Deus ele está de pijama mordendo um urso de pelúcia!
-O Ddana veio aqui para conversar.
-Sobre?
-Dongmin eu não vou poder te dizer isso, ele mesmo vai precisar te contar.
-Tem alguma coisa a ver com os sumiços dele a noite?
-Uhu,.
-É pra cá que ele vem?
-Não.
Então é pra onde?
-NOONA! QUEM É?
Eu sigo até o pé da escada e noto que SanHa se aproxima.
-Ddana? – a voz de Dongmin faz com que ele desvie os olhos de mim e encare o amigo.
-Ah hyung! – é o que ele diz. – o que você está fazendo aqui?
Dongmin olha de mim para ele e abre um sorriso.
-Eu trouxe comida!
-EBA!
SanHa literalmente corre escada abaixo, eu olho dele para Dongmin que dá de ombros com um sorriso no rosto. Ok, ele poderia ser mais perfeito? Claro que não.
2 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 6
Yoon SanHa
Quando volto ao dormitório espero que todos estejam dormindo, não quero cruzar com ninguém, não na situação em que me encontro.
Ao parar em frente a porta do quarto que divido com Minhyuk hyung acabo notando algo, aquele é meu casaco?
O seguro entre os dedos e olho ao redor. Eu o deixara na sala de ensaios?
Empurro a porta e caminho a passos leves em direção ao banheiro, vou escovar os dentes e me deitar em seguida, espero que acordar Minhyuk hyung.
Quando termino o que tenho para fazer me deito e fecho os olhos, é melhor tentar dormir.
-Você encontrou com a Noona? – a pergunta faz com que eu tome um susto e não consigo evitar deixar escapar um grito.
-AI! HYUNG!
-O que foi? – ele pergunta de forma direta.
-Você me assustou, pensei que estivesse dormindo.
-Eu estava, mas você me acordou. Enfim, encontrou com a noona ou não?
-A Noona?
-Sim, ela veio aqui mais cedo procurando por você.
-Por mim?
-Você está com problemas de audição?
-Desculpe hyung, mas o que ela queria?
-Eu não sei, mas eu se fosse ela ia querer te achar pra te enfiar a porrada.
-O que? Por que? Quer dizer, você me bate bastante sem motivo, mas por que ela faria a mesma coisa?
-Ela não ia te bater sem motivo, eu também não te bato sem razão, eu te bato porque você é um maknae muito mal criado e que fala muita besteira.
-A noona hyung, por que ela ia querer me bater?
-Por que? A forma que você tratou ela no ensaio não é suficiente?
-Que? Como eu a tratei no ensaio?
-Você a expulsou da sala de ensaios feito uma criança birrenta.
Me lembro da cena que fiz e me sinto um idiota. Ok eu realmente tinha agido feito uma criança imbecil.
-Merda.
-Por que diabos você agiu daquela forma mesmo?
Paro um segundo para analisar. Por que?
-Você ficou com vergonha porque a coreografia é meio sexy?
-Einh?
-Ficou com medo de que ela não te achasse mais fofo depois que te visse dançando daquela forma?
Fico um segundo em silêncio. Foi por isso?
-Não se preocupe, ela não vai deixar de te ver como um bebê só porque você dá uma rebolada ou duas.
-Não foi por isso! – me defendo. -eu não queria que ela visse a coreografia antes do comeback, é o primeiro comeback do astro que ela vai ver e bem, eu queria que ela só visse no dia.
-Você sabe que os ensaios não têm nada a ver com o comeback em si, né? Você poderia ter deixado ela assistir ou sei lá, ter dito isso pra ela, que queria que ela visse apenas no dia e não feito birra.
Sim, Minhyuk hyung está certo... Como sempre.
-Amanhã vou falar com ela e pedir desculpas.
-Faça isso!
Lee Dongmin
Quando feito na cama encaro o teto. A maneira com que ela está sempre na defensiva me faz ter vontade de rir. Por alguns segundos me pergunto a razão, mas então lembro do que as pessoas vivem me dizendo. Meu rosto, tem algo no meu rosto que faz com que as pessoas se sintam intimidadas, por alguma razão aquilo me incomoda profundamente.
Não vou ser hipócrita e dizer que não gosto quando sou elogiado, quando me dizem que sou o rosto mais bonito que já viram na vida, mas eu sou mais do que isso, sabe? Não sou apenas uma vitrine, eu queria que as pessoas me vissem além do meu rosto.
Sou um ser humano e como tal posso me interessar por outros seres humanos, certo? Abro mais um sorriso lembrando da pergunta que o Binnie me fizera naquela noite antes de dormir, por que ela? Por que eu a chamara para sair em meio a todas as garotas que viviam literalmente correndo atrás de mim.
Porque desde que eu a vira no dia da entrevista ela chamara minha atenção. Não a fragilidade, mas a coragem, a situação em que ela se encontrava era difícil e ela a contara de forma espontânea, não para que tivessem pena dela, mas para ser sincera e isso chamara mesmo a minha atenção, no meio em que vivemos é muito difícil encontrar pessoas autênticas, mulheres principalmente e pedir para que ela fosse contratada para trabalhar com as únicas outras pessoas autênticas que eu conhecia me pareceu o mais certo a se fazer.
E a maneira com que ela acabou abraçando os caras. Agora não me sinto o pai sozinho, parece que tenho mais uma pessoa com quem dividir isso, mais uma pessoa para me ajudar a cuidar daqueles cinco.
Decido que no dia seguinte vou chama-la para sair novamente, mas dessa vez para jantar, afinal depois do expediente não tem por que ninguém nos incomodar, certo?
Talvez eu até cozinhe pra ela. Será que essa é uma boa ideia? Ok é melhor parar de pensar a respeito e ir dormir, está tarde.
Thais
O que SanHa estava fazendo tão tarde sozinho no playground? Por algum tempo aquela cena toma meus pensamentos. Será que tem algo errado com ele?
Mas então o rosto de SanHa se desfaz dando lugar ao rosto o homem mais lindo que eu já vira na vida. Do que diabos Dongmin estava brincando e por que me chamara para tomar um café?
Na manhã seguinte estou exausta. Não dormira direito me retorcendo na cama tentando imaginar o que ele queria comigo,  que aquele café significava. Quando chego até o refeitório para tomar café não me surpreendo ao ver que eles já estão terminando os próprios cafés, com certeza Dongmin saíra de quarto em quarto acordando todos eles como é acostumado a fazer.
Abro um sorriso ao ver a cara de poucos amigos de Moonbin que é sempre o mais difícil de ser acordado.
-E aí? Bom dia. – Ravena fala sentando de frente a mim com a bandeja de comida em mãos. – foi tudo tranquilo ontem?
-Uhum.
-Uhum? Você não está com cara de quem passou por uma noite tranquila.
-Eu fiquei preocupada com o maknae.
-Yoon SanHa?
-Uhum.
-Por que? O que ele tem?
-Eu não sei, ele...
-Noona? – eu ergo os olhos para dar de cara com ele, SanHa está de pé ao lado da mesa que divido com Ravena, sua bandeja de comida em mãos e os pequenos olhos castanhos em cima de mim.
-Ah Ddana. – é o que digo com um sorriso. – bom dia.
-Bom dia Noona, a gente pode conversar um segundo?
-Claro.
-Eu volto já. – Ravena fala notando que SanHa parece querer falar comigo a sós. – podem ficar a vontade.
Ela fica de pé e sai levando a bandeja de comida, SanHa ocupa o lugar em que ela estivera, de frente a mim.
-Como ela volta já se ela levou a comida? – ele dispara e eu abro um sorriso.
-Ela é louca.
-Uhum.
Eu o encaro. Tem algo errado com ele, não tem?
-Ddana...
-Desculpe Noona.- ele começa sem me encarar, olhando diretamente para a bandeja de comida em frente a si.
-Pelo que?
-Por ter te expulsado do ensaio ontem. – ele continua. – o Minhyuk hyung disse que eu fui bem grosso e eu não queria ter agido daquela maneira.
-Você não foi grosso Ddana, você foi uma criança birrenta.
-Isso também. E por isso eu queria te pedir desculpas, eu realmente não deveria ter agido da maneira que agi, eu deveria ter te dito o verdadeiro motivo de não querer que você assistisse ao ensaio.
-E qual é?
-Eu quero que você veja o comeback no palco, não queria que o ensaio estragasse a surpresa.
Eu abro um sorriso e estão o dedo em frente ao rosto dele para que ele me encare.
-Você só precisava ter dito isso. – é o que digo enquanto ele me encara, os olhos de criança dançando de um lado para o outro.
-Desculpe.
-Não se preocupe, eu vou deixar para ver o comeback no palco mesmo, prometo.
Ele bate palminhas animado e eu faço um gesto negativo com a cabeça, ele é simplesmente a criatura mais fofa do mundo e toda vez que ele faz coisas assim eu sinto vontade de apertar as bochechas dele e lhe dar uma mordida.
-Eu posso terminar o café aqui? – ele pergunta com um sorriso e eu falo um gesto positivo com a cabeça.
Tumblr media
-Claro que pode.
-Noona...
-Uhm?
-O Minhyuk hyung disse que você foi me procurar ontem a noite.
-Você encontrou o casaco?
-Uhum, obrigado. Mas como você sabia que era meu?
-Pelo cheiro de neném nele.
-Ahhh.
-Você foi me procurar em outro lugar depois do dormitório?
-Uhum, eu te encontrei no playground.
Os pequenos olhos castanhos se abrem de forma assustada e aquela reação só confirma o que já sei, o maknae está com problemas.
-Você me viu no playground?
-De longe. – falo dando de ombros. – te vi sentado no balanço e imaginei que você queria ficar sozinho.
-Uhum.
-Por isso não me aproximei.
-Noona?
-Uhm?
-Obrigado por não ter ido até lá.
-Ddana?
-Uhm?
-Está acontecendo alguma coisa com você?
-Não.
-Ddana.
-É sério Noona, está tudo bem de verdade.
-Se você diz eu vou acreditar, mas qualquer coisa se precisar conversar, você sabe onde me encontrar.
-Uhum você mora no prédio aqui do lado.
-Isso mesmo.
-Ok tá bom, obrigado.
Enquanto observo SanHa comer fico me perguntando se é assim que uma mãe se sente enquanto observa o próprio filho porque com toda certeza é o que sinto quando olho pra ele, uma vontade de colocar no colo e proteger de todo o mal do mundo.
2 notes · View notes